Welington Andrade
CENA CONTEMPORÂNEA
De que são feitos os vínculos comuns? Welington Andrade
“O que só sabemos juntos”, em cartaz no Tuca até o próximo domingo dia 18 de agosto, é um exercício cênico que bordeja o além e o aquém do teatro, não se satisfazendo em simplesmente mediar tais opostos e assumir a posição de fiel da balança
Da arte de fulgir iluminuras Welington Andrade
A chave do teatro, para as quatro intérpretes de Das paredes, também abre as portas da música, da performance e da poesia, e não franqueia o acesso a nenhum resultado da razão. Todas em cena sabem, como Paulinho da Viola, que “ninguém pode explicar a vida num samba curto”
Os animais e seu puro ofício de viver Welington Andrade
“E se fôssemos baleias?” constitui um ótimo exercício disposto a investigar outras animalidades que não aquelas dos chamados animais racionais. Que nos ajudam a reconfigurar os limites do humano. Ponto para Vitor Nóvoa e sua poética incursão pelo universo de uma autêntica “zoodramaturgia”.
A ilusão melancólica Welington Andrade
A Armazém Companhia de Teatro resolveu tocar o dedo na putrefação de um cadáver ilustre, fazendo do teatro do Sesc Santo Amaro uma espécie de cova aberta, a partir da qual é possível olhar verticalmente o tempo
Visão crepuscular da beleza Welington Andrade
Eis a grande qualidade do espetáculo: envolver o espectador pelas vias da percepção, da imaginação, da intuição, do estágio pré-conceitual, quando a lógica ainda não é capaz de tiranizar a inteligência
“Somos daqueles que se recusam a esquecer” Welington Andrade
“Bom dia, eternidade” tem a nobre missão de expressar os incontidos corpos da teatralidade e da musicalidade negras no Brasil. Disposto a contar novas estórias sem se esquecer das coisas que passaram.
Recordações dos corpos dos mortos Welington Andrade
Tomando por base a biografia “Revolucionário e gay: A vida extraordinária de Herbert Daniel”, Zé Henrique de Paula concebeu um espécime dramatúrgico que, além de franquear ao espectador os fatos objetivos mais relevantes da vida do personagem, convida a plateia a adentrar o terreno da subjetividade do protagonista
Ferrugem e corrosão Welington Andrade
Trazer à cena o conteúdo corrosivo de Lima Barreto soa como um projeto político dos mais consequentes. Ferrugem e corrosão podem botar abaixo as mais férreas estruturas.
A derme do teatro Welington Andrade
No espetáculo, a pele dos corpos dos intérpretes é a pura presentificação da beleza, da destreza, da resiliência e da dor
Escuta, Zé-Todo-Mundo Welington Andrade
Zé, você foi o artista de teatro que eu mais amei na vida. E de que outras coisas essenciais fala a arte da cena senão da amorosidade que há em tudo?
A dimensão perdida Welington Andrade
Emulando a filosofia de Jean-Paul Sartre, “Gagarin way” trata do enfado diante do mundo como uma experiência fundadora, ao revelar ao homem o ser como gratuidade ou pura indiferença
Dos filhos desse Sítio Welington Andrade
Agropeça abre uma fresta na rememoração afetiva da infância que é o Sítio do Picapau Amarelo e a escancara, convertendo-a em uma janela sinistra, através da qual se revolve o solo do sítio a fim de não propriamente escavar o húmus, e, sim, remexer no esterco.
Origem, imemorialidade, ausência Welington Andrade
Será possível que a imagem de horror dos povos originários massacrados no mundo de ontem e no mundo de hoje suscite a imaginação de um outro mundo no futuro?
“O jardim – quase um oceano” Welington Andrade
“Um jardim para educar as bestas” precipita-se do ambiente da palavra literária para a cena – ritualisticamente instaurada, mas, pela via da ambivalência, sem fazer muita cerimônia
Infância como “sinônimo da míngua” Welington Andrade
“Infância”, espetáculo baseado no livro homônimo de Graciliano Ramos, constitui uma experiência em que lirismo e lucidez se enlaçam a fim de não somente falar das agruras de uma criança de outrora, como também de estender tal experiência subjetiva ao âmbito da vida coletiva
Consciência de si, consciência de ti Welington Andrade
“Eu de você”, o espetáculo que Denise Fraga apresenta pela 2ª vez em São Paulo, é uma experiência cênica que tem a grande capacidade de expressar, ora pelas tintas da comoção, ora pelas da hilaridade, o heroico no cotidiano
Das formas vivas e suas lógicas próprias Welington Andrade
“Gesto” quer exprimir as coisas, mas se recusa a falar sobre elas. Quer expressar o insólito da fábula para confrontar o sólito da vida, transformando subliminarmente a oposição em equivalência
Etnografia do corpo despossuído: hileia em andrajos, de pés descalços Welington Andrade
É como se, diante do silêncio da História e do colapso da Memória, cada corpo apresentado em cena denunciasse por si só, sinestesicamente, a violência do projeto colonialista
Cunhar a arte pela qual vivemos Welington Andrade
Impossível não se irmanar ao espírito gregário da aventura, que enceta o desejo de uma sociedade brasileira mais justa, mais feliz, mais humana, em que até os corações de tijolo sangrem
Quando as mulheres-búfalos adentram a floresta dos símbolos Welington Andrade
Cárcere ou Porque as mulheres viram búfalos promove uma compreensão da experiência de abandono, por parte dos poderes instituídos, da maioria da população brasileira
Allegorie der Assimilation Welington Andrade
Oder: Kommunikation zu einem Theaterpublikum
Prontidão política e vigília poética permanentes Welington Andrade
Companhia de Teatro Heliópolis revê sua trajetória em comemoração às duas décadas de existência
Brasil para todos, Exu no través de tudo Welington Andrade
Em “Fausto”, Zé Celso mostra que encenar é um processo químico. O encenador deve ser um alquimista, que leva o teatro a explodir, efêmero que é, em pleno ar
A ópera a serviço dos estados íntimos e fugidios Welington Andrade
A expressão do lirismo moderno de Tchékhov, entre o cantar e o dizer
“Eternos a nomeiam moly” Welington Andrade
Um solilóquio que serve de antídoto contra a vacuidade da vida contemporânea
“O que ele faz, o Sr. Godot?” Welington Andrade
Sobre nossa indiferença às coisas que aí estão: ao encenar um Godot que não renova a promessa de sua vinda, a versão de Zé Celso clama pela nossa emancipação
Encontro com um poeta Welington Andrade
Encenação de “Morte e Vida Severina” dá voz à experimentação formal do texto
Seres que se abismam Welington Andrade
Tingidas de um realismo poético ímpar, as figuras de O’Neill não esgotaram o que têm a nos dizer
Em boa companhia crítica Welington Andrade
Desde o seu surgimento, na década de 1940, a obra de Clarice Lispector vem sendo responsável por momentos de excelência nos estudos literários brasileiros
Das possibilidades expressivas de uma dramaturgia logocêntrica Welington Andrade
Coletânea de peças de Otávio Frias Filho chama a atenção para o estatuto da razão no teatro contemporâneo
Privado: Manifesto ao espectador contemporâneo Welington Andrade
A experiência do teatro pode conduzir o homem a uma viagem de exploração de outras regiões de si próprio, comumente soterradas sob o peso do excesso de convicções
Com Eros e à esquerda Welington Andrade
Recriação de texto de Platão pelo Oficina investe na alegria e no amor como afetos políticos
Os eternos companheiros de Dioniso Welington Andrade
Os Satyros comemoram vinte e cinco anos de interação lúdica e lúcida com a cidade
Um palco impregnado de história Welington Andrade
Teatro Aliança Francesa vem, há cinquenta anos, testemunhando a vitalidade da cena teatral brasileira
Dramaturgia e sociedade Welington Andrade
O teatro de Ariano Suassuna convida a memória, a imaginação e a reflexão crítica a assumirem lugares privilegiados no palco
A elegia que nos cabe nestes eróticos trópicos Welington Andrade
Mistérios gozósos, o mais recente encontro de Zé Celso Martinez Corrêa com Oswald de Andrade, promete frutificar novamente uma forma teatral pulsante
Todos os nomes de Lisboa Welington Andrade
A capital de Portugal vive um especial momento em relação à cultura que ali se produz desde a noite dos tempos
Salvos da guerra e do mar Welington Andrade
Em Cais ou Da Indiferença das embarcações, a Velha Companhia investiga a teatralidade do rústico
Desordem e despejo Welington Andrade
Bailarina do século XIX é resgatada com vida dos escombros do teatro paulistano
O que ainda mantém o homem vivo? Welington Andrade
“O dia em que Sam morreu” empenha o vigor que a palavra pode exalar no teatro para tratar da obsolescência do homem
Entre máscaras e papeis Welington Andrade
“Pessoas perfeitas” confere estatuto dramático aos “sujeitos sujeitados” que habitam as grandes cidades
O palco como abismo da incongruência Welington Andrade
Em “Terra de ninguém”, a consciência humana está fadada a refugiar-se no caráter inefável da linguagem
Medeia, a memoriosa Welington Andrade
O mais recente espetáculo do grupo Folias trata de um mito arcaico e do futuro que foi enterrado com ele
O empreendedor cordial Welington Andrade
Cinquenta anos depois de escrita, Os Azeredo mais os Benevides, de Oduvaldo Vianna Filho, ainda tem o que dizer ao Brasil do século XXI
As atribulações do moderno “pater familias” Welington Andrade
É preciso vislumbrar e usufruir as nuances do monólogo Pós-Man para além de seu caráter de recatado recital
Metafísica das quinquilharias Welington Andrade
Sala de estar, do grupo Sobrevento, faz uso da técnica do teatro de objetos para dar novos significados às coisas
“Alguma coisa segue seu curso” Welington Andrade
Experiência cênica baseada em Beckett renuncia à palavra para que seja possível ouvir o silêncio dos clowns
Narração e teatralidade em Guimarães Rosa Welington Andrade
Adaptação de “A hora e vez de Augusto Matraga” extrai da prosa rosiana uma fascinante espessura de signos teatrais
Quem tem medo da forma dramática? Welington Andrade
Obra-prima de Edward Albee ganha montagem à altura de sua força expressiva
O inferno é aqui Welington Andrade
“Por acaso, Navalha”, da Cia Caxote, empunha a lâmina ainda bastante afiada de Plínio Marcos
Llanto por Mariana Pineda y otros muertos ilustres Welington Andrade
Cantata para um bastidor de utopias, da Cia. do Tijolo, investe na alegria mediterrânea de um lá-então para eludir a violência à qual é preciso também resistir no aqui-agora
Winnie’s adventures in Underland Welington Andrade
Em Oh os belos dias, o diretor Rubens Rusche e a atriz Sandra Dani se lançam em direção ao cerne das palavras beckettianas
Dionisíaca paulistana Welington Andrade
A cidade de São Paulo recebe um festival de teatro que quer ir ao encontro do espectador e convidá-lo a uma parceria
Insubmissas e perplexas Welington Andrade
Peça de Oswaldo Mendes trata do universo masculino da ciência e do princípio noturno-feminino que rege o pensamento originário
Memento Mori Welington Andrade
Tríptico Samuel Beckett é um pequeno retábulo lírico-dramático que narra a infelicidade de se estar vivo
Teatro, cerimônia e ritual Welington Andrade
Uma dramaturgia em que “nada é dito e tudo insinuado” merece ser conhecida em SP
César atravessou a história Welington Andrade
Adaptação de Júlio César, de Shakespeare, por Roberto Alvim revela a tragicidade do mundo da política
Viagem ao redor do engenho teatral Welington Andrade
Inédita nos palcos, chega às livrarias uma inquieta forma teatral concebida por um grande mestre
Cena Contemporânea Welington Andrade
Desafio de monólogo com Jandira Martini é levar o espectador para além da indignação reacionária com o “estado de coisas que está aí”
Arte na rua Welington Andrade
Mostra SESC de Teatro de Rua começa nesta sexta e leva 22 espetáculos para 18 cidades de São Paulo
Gosto pela experimentação Welington Andrade
Em entrevista, o crítico teatral Kil Abreu fala sobre o teor experimental presente na cena teatral contemporânea
Cena Contemporânea Welington Andrade
Welington Andrade estreia coluna quinzenal. Leia o primeiro texto sobre “Carta ao pai”, peça de Denise Stoklos
Lâmina que ainda reluz Welington Andrade
Famoso trio de párias da dramaturgia brasileira volta aos palcos paulistanos em montagem do Oficina
O mistério teatral da feminidade Welington Andrade
Ron Daniels dirige Denise Weinberg em espetáculo que trata da transfiguração de uma Deusa-Mãe
Do poder da autenticidade no teatro Welington Andrade
Ou De quando “se está ali verdadeiramente”
Em busca de um teatro degenerado Welington Andrade
Ou glosa erótica disposta a roçar a língua de uma cena impudica
O epitáfio de um mundo desaparecido Welington Andrade
“Memórias de Adriano” empreende o belo esforço de sonhar um sonho impossível com os olhos abertos
Um canto maior que todo o medo Welington Andrade
Espetáculo intimista do Núcleo Toada propõe-se a retratar o tipo de mentalidade que aceita submeter-se à opressão
A persistência do teatro narrativo Welington Andrade
A encenação de “Dadesordemquenãoandasó”, de Davey Anderson, comprova que o velho teatro narrativo ainda pode exercer um bom poder de atração sobre os espectadores.
O rosário da crítica para a meditação dos mistérios Welington Andrade
Na adaptação de “O santeiro do Mangue”, de Oswald de Andrade, Zé Celso e os argonautas do Oficina navegam da lama ao cosmo
A raposa e as máscaras Welington Andrade
“Volpone”, espetáculo em cartaz no MuBE, constitui rara oportunidade para a fruição da comicidade prosaica de Ben Jonson
Teatro, narratividade e política Welington Andrade
A arte da comédia, de Eduardo de Filippo, chama a atenção para a prazerosa “máquina de narrar” que pode ser o teatro
A hora e vez da dramaturgia feminina no Brasil Welington Andrade
Há quase cinco décadas o país viu florescer um teatro da mulher cujas influências na cultura brasileira perduram até hoje
Dionisíaca Paulistana Welington Andrade
De 4 a 13 de março próximo, a cidade de São Paulo recebe os dez espetáculos da terceira edição da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo
Onde está, ó morte, a tua vitória? Welington Andrade
A morte de Ivan Ilitch coloca o espectador diante da morte e do discurso sobre essa experiência-limite
Língua claudicante Welington Andrade
Descaso da sociedade brasileira, dificuldades estruturais da educação formal e hipertrofia da comunicação fática têm levado as novas gerações ao exercício diário da precariedade linguística e intelectual
Sob o signo de Strindberg Welington Andrade
“A noite das tríbades”, de Per Olov Enquist, invoca a vida e a obra do dramaturgo sueco que se autodenominava um indivíduo “selvagem”
Mito e tragédia nas quebradas do mundaréu Welington Andrade
Núcleo Bartolomeu de Depoimentos vai à Tebas de Sófocles para discutir o mundo das leis não escritas da consciência
“Distanciar é ver em termos históricos” Welington Andrade
Em “O patrão cordial”, Companhia do Latão promove encontro do teatro de Bertolt Brecht com o ensaísmo de Sérgio Buarque de Holanda
Uma dramaturgia lírica e apaixonada Welington Andrade
A obra teatral de Lorca foi analisada por grandes críticos
O riso engenhoso do “seicento” e o espírito cômico de hoje Welington Andrade
Cia. D’Alma se aproxima de Molière para experimentar as formas do riso
A quintessência de Ibsen aqui e agora Welington Andrade
Dirigido por Roberto Alvim, “Fantasmas” ainda transgride pelo ataque às convenções mortas
As Benevolentes: da literatura ao teatro Welington Andrade
Leia os textos de Flávio Ricardo Vassoler, sobre o romance de Jonathan Littell, e de Welington Andrade, sobre a adaptação da obra para o teatro.
O massacre da especulação imobiliária atinge o Teat(r)o Oficina Welington Andrade
A coluna Cena Contemporânea abre espaço para Manifesto redigido por Zé Celso Martinez Corrêa
Cena Contemporânea Welington Andrade
Mundana Companhia segue firme na poética de reconstrução de textos da cultura russa e de sua aproximação ao universo brasileiro
Do valor da lucidez em tempos obscuros Welington Andrade
“Como conversar com um fascista”, lançamento de Marcia Tiburi: como e por que o diálogo é essencial à filosofia
O teatro e a vida social Welington Andrade
A cena contemporânea dialoga abertamente com as múltiplas camadas da experiência coletiva