Resultados para: poesia
Pornografia e eletrodomésticos Marcelo Veras
Será que podemos marcar a cultura de nosso tempo como pornográfica? Ou, ao contrário, estamos vivendo um momento em que cada um, reduzido a ser um consumidor de sua pílula diária de pornografia doméstica, se enlaça em uma adição sem dealers?
Uma nova vida para Stella do Patrocínio Paula Carvalho
o objetivo de Stella do Patrocínio, ou o retorno de quem sempre esteve aqui é, segundo Vicentini, “fazer com que o invisível, o polícia secreta, o sem cor sejam reconhecidos. Que os nossos olhares se voltem para eles, tão acostumados e autorizados a controlar, normalizar e a bater o martelo
A exceção à regra Anita Saltiel
Mas se a pornografia é um problema, como pode ter salvado minha vida? Seria eu o erro do mundo? Diversas vezes respondi que sim
“Silêncio do som e do aqui” Musa militante
Algumas notas sobre um poema de Maria Esther Maciel
Visão crepuscular da beleza Welington Andrade
Eis a grande qualidade do espetáculo: envolver o espectador pelas vias da percepção, da imaginação, da intuição, do estágio pré-conceitual, quando a lógica ainda não é capaz de tiranizar a inteligência
Profunda colheita: a sabedoria e o lirismo na poesia de Rosa Oyassy Musa militante
“Profunda colheita”, de Rosa Oyassy dialoga com o campo semântico da colheita pela raiz – essa parte da planta que “mora” no fundo da terra, e estabelece conexões com o que não se vê, e a superfície.
arquivo Cult | A cosmopista do risco Saúl Sosnowski
Talvez mais do que com qualquer outro intelectual latino-americano de nossos dias, em Cortázar se entrelaçam carinho, convicção e ternura, admiração por sua retidão ética, pelo compromisso e pela solidariedade – palavras que se tingiram de nostalgia e cinismo no desmembramento das comunidades.
“Cada galáxia guardada na memória” Danilo Bueno
Em “Neste momento”, de André Dick, coloca-se em destaque a luta entre a grafia e o tempo, entre o que se escreveu e a duração nas paredes (da memória): o poeta explora os limites da escrita sem perder de vista os paradoxos temporais entre este momento e tantos outros que poderiam ter sido escritos
arquivo Cult | O poliedro Cortázar Reynaldo Damazio
Aceita como fantástica pelo próprio autor – “por falta de melhor nome” – a obra de Julio Cortázar (1914-1984) desafia leitores e críticos como um jogo de cubo mágico, oferecendo uma variedade combinatória infinita de figuras e cores.
O incômodo objeto da língua William Zeytounlian
Desde o início de “O fluxo e a cesura”, o autor não esconde as cartas: o objeto incômodo compartilhado pela linguística e pela psicanálise é a poética. Para demonstrá-lo, ele nos conduz por um arco que retraça o lugar do fazer poético em Saussure, Jakobson e Lacan, destacando a gradativa aproximação dos autores com um tema que retorna disruptivamente sobre seus próprios saberes