Vladimir Safatle
Mais um acordo pelo alto Vladimir Safatle
Se for perguntado por que a democracia brasileira reagiu mal à tentativa de golpe do 8 de janeiro, por que ela continua frágil e vulnerável, a resposta verdadeira é: porque tentamos, mais uma vez, resolver tudo produzindo um acordo pelo alto em um momento no qual, ao contrário, seria necessário justiça e reconhecimento do dolo
O suicídio de uma nação e o extermínio de um povo Vladimir Safatle
O Hamas não será destruído porque ele tem um sócio que precisa dele para sobreviver, e esse sócio é Benjamin Netanyahu
Construindo polêmicas em direção a lugar algum Vladimir Safatle
Falta simplesmente tudo, do ponto de vista de uma reflexão epistemológica séria, nessa versão mais recente do debate nacional sobre a cientificidade da psicanálise
Sobre vampiros e capital Vladimir Safatle
Tratar a personalidade de outro como algo que cai sob o direito de propriedade de bens, tratar herdeiros como médiuns que recebem espíritos e sabem o que eles decidiriam e deliberariam, é apenas uma versão contemporânea da escravidão
Crise ecológica, crise psíquica e o fim do progresso Vladimir Safatle
Como, ao tentar compulsivamente garantir nossa autopreservação, criamos um processo de autodestruição?
Usar a força contra a força Vladimir Safatle
O mais singular sobre a invasão da Esplanada dos Ministérios no último domingo (8) é que sabíamos que ela ocorreria
Construir futuros Vladimir Safatle
No novo livro de Fernando Haddad, há o esforço de delimitar o horizonte efetivo de seu projeto: criar as condições para que a dialética se afirme como figura fundamental do pensamento crítico, levando em conta o estado atual das ciências empíricas
O Brasil que queremos Vladimir Safatle
O filósofo Vladimir Safatle analisa a construção do país e reflete que nos últimos anos o Brasil perdeu a ilusão que estava em um rumo de prosperidade sustentável. No entanto, a melancolia atual não impede uma reconstrução por meio da imaginação social
O fascismo nasce das contradições do progresso? Vladimir Safatle
O filósofo Vladimir Safatle analisa as origens do “fascismo brasileiro” e como o progresso que não chegou para todos produziu alicerces violentos e ambientes sem solidariedade.
Parar o pior Vladimir Safatle
Seria efetivamente mais responsável se a comunidade internacional estivesse engajada em discussões sobre como parar a guerra, em vez de tentar sustentá-la material e simbolicamente
Depois da posse: o que esperar Vladimir Safatle
A repetição do discurso de Salvador Allende, 48 anos depois, no mesmo lugar e pela mesma pessoa simbólica, é apenas a tentativa de apagar um processo histórico que agora retornava
Deixar de ser nação Vladimir Safatle
Uma das transformações mais expressivas a ser propostas pelo Processo constitucional chileno é o fim do Estado-nação
Que tipo de mudança? Vladimir Safatle
Se há aqueles que reconhecem uma dimensão insurrecional pela qual passou o Chile, é difícil encontrar voz dissonante quando a questão é sobre o que pode o governo que se inicia no dia 11
Lutar para mudar: como o Chile chegou até aqui Vladimir Safatle
Em 11 de março, o Chile terá um novo governo. Mas essa não é apenas mais uma troca de governo em um sistema de alternância típico da democracia liberal. Esse é o início de um momento tenso, cheio de dinâmicas imprevisíveis
Os dois tempos de uma análise Vladimir Safatle
Falamos em “sociedade doente” porque seu funcionamento normal precisa da perpetuação daquilo que ela mesma considera “patológico”
O sentido das repetições históricas Vladimir Safatle
A eleição de Gabriel Boric é o aprofundamento da mesma via chilena de cinquenta anos atrás, quando da experiência do governo de Salvador Allende, entre 1970 e 1973
Ler Marighella Vladimir Safatle
Agora que o Brasil começa enfim a ver Carlos Marighella, podemos esperar que ele comece a ler Carlos Marighella. Pois esse talvez foi, de todos o apagamentos a que foi submetido, certamente um dos mais brutais
Para que serve um Eu Vladimir Safatle
O que Marguerite Duras coloca em circulação é um singular dispositivo que determina sexo como desabamento da representação, como lembrança daquilo que, nele, ocorre empurrando a linguagem para sua borda
O poder também dança Vladimir Safatle
A parada militar de 2017 em comemoração à queda da Bastilha deveria estar nos livros de ciência política por explicar como o poder efetivamente funciona
A polifonia das lutas Vladimir Safatle
Mais do que “produzir” sujeitos, discursos “dividem” sujeitos entre o que, deles mesmos, eles conseguirão nomear e o que irá corroer o processo de nomeação
Sobre a vivência concreta do sexual Vladimir Safatle
Safatle responde à réplica de Eduardo Leal Cunha: “O que é da ordem da sexualidade se constitui a partir de uma disjunção profunda entre práticas e normas”
Não há heterossexuais Vladimir Safatle
O que aconteceria se descobríssemos que não há sujeito algum que possa ser descrito dessa forma, que “heterossexual” é uma categoria vazia?
Dar a sombra: Celan em seus cem anos Vladimir Safatle
Em Celan, céu não é apenas o lugar no qual brilham as estrelas, mas onde o firmamento se confunde com o mar, com seu fundo de correntezas invisíveis
Andrzej Żuławski: as imagens das sínteses impossíveis Vladimir Safatle
Em filmes como ‘Possessão’ (1981) e ‘A fidelidade’ (2000), cineasta compreendeu a estetização da histeria como chave possível para certa forma de realismo
Marx ataca Vladimir Safatle
Lançamento dos Grundrisse reatualiza ideias do filósofo, como fetichismo e alienação
O mal-estar nas ciências humanas Vladimir Safatle
As humanidades são acusadas de serem irrelevantes, fazerem pesquisas ideologicamente comprometidas e não “dialogar” com a sociedade