Transformar o mundo para mudar a vida das mulheres

Transformar o mundo para mudar a vida das mulheres
  A igualdade entre gêneros passa necessariamente pela construção de outro modelo econômico, baseado nos princípios da solidariedade, da reciprocidade e da redistribuição. É esse o ponto de partida da análise de Nalu Faria, 56, militante feminista há 30 anos e coordenadora da Sempreviva Organização Feminista (SOF), uma das mais importantes dentro dos movimentos de mulheres no país. Psicóloga com especialização em Psicodrama Pedagógico e Psicologia Institucional, Nalu foi parte do Conselho Diretor da Fundação Perseu Abramo de 1996 a 2004. Na SOF desde 1986, vem atuando em atividades de formação feminista junto a movimentos populares e sindicais, na organização de publicações especializadas e, desde o início dos anos 2000, na articulação da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil. “Não vamos conseguir lutar efetivamente por igualdade se não olharmos o conjunto das contradições que estruturam as desigualdades”, afirma à reportagem da Cult na sede da SOF, no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. As críticas estão calcadas em uma perspectiva feminista da economia, que começou a ser disseminada no país a partir do início dos anos 2000. Segundo essa visão, é preciso reconhecer a experiência das mulheres, que garantem a sustentabilidade da vida com seu trabalho cotidiano – e invisível. “É como sempre dizemos: temos que transformar o mundo para transformar a vida das mulheres, e transformar a vida das mulheres para transformar o mundo, em um único movimento”. CULT - A SOF ajudou a introduzir o debate so

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