A morte da carne, da memória e da verdade Aurora Bernardini
Já que não é possível voltar ao passado e (tanto menos) remediá-lo, que fique ao menos lembrado, que se torne poesia, que se torne História
O reino da doença Fernanda Bastos
A doença como condição, tema de Casa de família, se desdobra na enfermidade como metáfora
Das placas tectônicas às folhas de papel e mais Carolina Azevedo, Felipe Franco Munhoz e Victor Kutz
Um giro por recentes destaques do circuito literário
Pluralidade em Nova York e Assassinato em Buenos Aires Felipe Franco Munhoz
Autores e livros inéditos no Brasil, por Felipe Franco Munhoz
Depois de tudo, ainda é sobre a minha mãe: “No muro da nossa casa”, de Ana Kiffer Danielle Magalhães
Dar corpo, aqui, significa inventar um corpo, falar com os pedaços, falar aos pedaços, deixar que os pedaços falem
O que nos diz a farmacopeia de Labatut? Pedro Pennycook
A obra de Labatut atualiza o “vírus borgeano” de outra maneira que não a de Bolaño: a coragem para não só descentrar sua narrativa, mas abandonar a própria estrutura psicológica do que significa ser protagonista
“Cada galáxia guardada na memória” Danilo Bueno
Em “Neste momento”, de André Dick, coloca-se em destaque a luta entre a grafia e o tempo, entre o que se escreveu e a duração nas paredes (da memória): o poeta explora os limites da escrita sem perder de vista os paradoxos temporais entre este momento e tantos outros que poderiam ter sido escritos
O incômodo objeto da língua William Zeytounlian
Desde o início de “O fluxo e a cesura”, o autor não esconde as cartas: o objeto incômodo compartilhado pela linguística e pela psicanálise é a poética. Para demonstrá-lo, ele nos conduz por um arco que retraça o lugar do fazer poético em Saussure, Jakobson e Lacan, destacando a gradativa aproximação dos autores com um tema que retorna disruptivamente sobre seus próprios saberes
O cuidado “sexual” como ato político Rafael Kalaf Cossi
Se o capitalismo perpetua a política da identidade e da diferença – política do masculino –, a política do feminino contradiz esse sistema
Estante Cult | Entre o irônico e o angustiado, a prosa de Serguêi Dovlátov é amargamente hilariante
O que importa em “A mala” de Serguêi Dovlátov é o tom. Entre o irônico e o angustiado, sempre engraçada, a auto-exposição do autor, que lembra a do nosso Oswald de Andrade em Serafim Ponte Grande, é amargamente hilariante.