Medicalização e sociedade contemporânea Marcelo Kimati
A medicalização desloca a preocupação do processo para a pessoa, suas supostas inadequações ou fragilidades individuais
Comunidades terapêuticas e seus artifícios Leonardo Pinho
Mas a que serve o “acolhimento” das comunidades terapêuticas? Nada mais é que um dispositivo que opera processos de higienização social e de aporofobia
Crônicas do mal de amor ou trilogia do abandono — a gênese de Elena Ferrante Francesca Cricelli
Ao contrário de suas contrapartes imortalizadas nos clássicos, as protagonistas de Ferrante conseguem encontrar uma voz autêntica e continuam sua jornada carregando seus abismos dentro de si mesmas
dossiê | Elena Ferrante: autora ou personagem? Fabiane Secches
Ferrante defende que não escolheu o anonimato, mas sim o que chama de ausência, um espaço repleto de possibilidades que afetam a escrita de um modo que ela gostaria de continuar a explorar
A cidade, a religião e a escrita em “A vida mentirosa dos adultos” Isabela Discacciati
Invadida por uma “dor embaralhada”, a protagonista é atraída para um labirinto e, sozinha, deve escolher: deixar-se guiar por quem pensava ser ou agarrar os fios de uma nova trama por caminhos inexplorados dentro da cidade e de si mesma
“A amiga genial”: a obra-prima de Elena Ferrante Cauana Mestre
A obra de Elena Ferrante é um trabalho de escavação sobre o valor da escrita na tecelagem da existência feminina. Suas personagens escrevem ou narram a partir da perda, da devastação, do desamparo
As margens de Ferrante Natalia Timerman
O desafio para as mulheres, diz Ferrante, é “usar com liberdade a jaula na qual estamos presas”, é “habitar as formas e depois deformar tudo o que não nos contém por inteiro, que não pode de modo algum nos conter”
Sobre ser uma pessoa-plural, a única possibilidade Maria Carolina Casati
O que Elena Ferrante faz é belo e engenhoso. Ela convida outras mulheres à escrita, ela exalta e convoca o trabalho coletivo, a revisão e a reconstrução do cânone
dossiê | Apresentação Redação
Epidemia trans? Um debate sobre infância, gênero e normatividade
O pânico antitrans e a cisnormatividade Beatriz Bagagli e Thayz Athayde
A hipótese de “epidemia trans” reitera noções estigmatizantes sobre as identidades trans e, por consequência, o pânico moral