O rio que vem do Éden ou a ressaca da política Ivana Bentes

Há séculos no Brasil, os pobres e as minorias não esperam mais nada ou pouco do Estado, por isso podem se reinventar mesmo quando a democracia está sequestrada

Érico Veríssimo: tosca e carnívora

O tempo e o vento não pode ser uma epopéia; seu resultado final é uma crônica da decadência e reflete, num jogo de espelhos, por um lado, a crise da democracia, do liberalismo clássico e, por outro lado, o triunfo das ideologias autoritárias Erico Verissimo costumava dizer que havia pretendido “o corte transversal duma sociedade”. … Continue lendo “Érico Veríssimo: tosca e carnívora”

Correspondência entre ausentes Francesca Cricelli

Uma viagem ao Festival Internacional de Poesia de Granada, na Nicarágua

A saga que se move

Quando a obra de Erico Verissimo se transforma em imagem na televisão brasileira, exige, inicialmente, democracia e abertura Duas obras de Erico Verissimo foram tema de minisséries na Rede Globo. A primeira, O tempo e o vento (1985), veio no contexto de dois momentos importantes: o país entrava na Nova República, com a esperança frustrada … Continue lendo “A saga que se move”

Super-García Márquez contra a morte em vida

  A simpatia pelos vitoriosos nunca foi meu forte. Meus heróis literários sempre foram os fracassados, os mortos precoces e bonitos para sempre, com aquela languidez típica dos doentes nas fotos das capas dos livros. Afinal de contas, a desgraça da derrota só pode ser atrativa conquanto o defunto transpire beleza eterna. Derrotados feios também … Continue lendo “Super-García Márquez contra a morte em vida”

Mulheres e poder contra o culto da ignorância machista Marcia Tiburi

O poder é reservado aos homens enquanto as mulheres sofrem sob estereótipos e idealizações também naturalizados. Até quando?

Democracia hard: homens, feminismo e machismo ao contrário Marcia Tiburi

Ainda que pudesse ser meio lógico que uma mulher fosse feminista, a vida não é muito lógica e seguimos vivendo do jeito que é possível

Ah, essa deliciosa entreperna…

Alguns regimes de discurso sexual nas Mil e uma noites.    As estripulias sexuais anunciam-se nas Mil e uma noites desde a abertura: são os adultérios praticados pelas esposas dos dois reis irmãos, Shahzaman e Shahriyar, descritos com alguma perversidade pelo narrador. Depois se seguirão várias cenas em que práticas e jogos sexuais vêm à … Continue lendo “Ah, essa deliciosa entreperna…”

Metamorfoses de uma narradora

Bela, astuta, sensual; o que promete a Shahrazad dos manuscritos árabes à diferença do que se sabe dela de costume?   Desde que Jean Antoine Galland publicou em Paris a primeira tradução do Livro das mil e uma noites, os europeus – russos e dinamarqueses inclusos –, e logo os americanos e os próprios árabes, … Continue lendo “Metamorfoses de uma narradora”

Breve encontro

Jules Verne recebe um jornalista em sua casa e fala da popularidade, do método de trabalho e de sua admiração por Balzac Durante um turbulento mês passado, rumores recorrentes alarmaram o mundo sobre o estado de Jules Verne. Foi dito ter ele se tornado quase cego. Sabemos que, para ele, estar vivo é estar trabalhando, … Continue lendo “Breve encontro”

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