O início: Sexto Empírico e o ceticismo pirrônico
O ceticismo antigo nasce com Pirro de Élis, através da suspensão radical de juízo. Tal postura filosófica, contudo, está longe da dúvida inconseqüente Jaimir Conte Embora os céticos gregos tenham produzido uma grande quantidade de escritos, poucos sobreviveram. Quase tudo o que sabemos sobre o ceticismo antigo se deve principalmente às obras tardias de Diógenes … Continue lendo “O início: Sexto Empírico e o ceticismo pirrônico”
Paulo Francis: o poderoso brigão
O amor à polêmica e a disposição de impor sua opinião a qualquer preço mantêm o jornalista e escritor na primeira linha do debate ideológico e cultural no Brasil dez anos depois da sua morte Geraldo Galvão Ferraz Jornalistas não costumam sobreviver à efêmera vida útil dos jornais, impressos ou de rádio/TV. Seu meio vital … Continue lendo “Paulo Francis: o poderoso brigão”
O texto que fica
Francis era único. Seus escritos, fortes e urgentes, em 40 anos de carreira, sejam frases curtas sejam ensaios densos, são a melhor forma de lembrá-lo Daniel Piza Dez anos depois de sua morte, Paulo Francis tem sobrevivido tanto a seus detratores quanto a seus imitadores. Os detratores, que em geral são os que discordaram de … Continue lendo “O texto que fica”
A supremacia da dúvida sistemática
Eduardo Socha A acepção mais corriqueira do termo “cético” não esconde um certo preconceito: “cético” seria aquele incrédulo radical, privado de opinião sobre qualquer assunto, o descrente inflexível que, não raro, se converte na imagem burlesca do ranzinza duvidando de tudo e de todos. Tal acepção, além de manifestar uma caricatura injusta do cético, tende … Continue lendo “A supremacia da dúvida sistemática”
Estética e Literatura
Do Renascimento ao século 20, os caminhos cruzados da arte das letras e da arte das imagens Márcio Seligmann-Silva Tratar da relação entre Estética e literatura exige uma abordagem com um viés duplo: do ponto de vista da teoria estética a literatura sempre ocupou um local central. A Estética, desde seus primórdios – antes mesmo … Continue lendo “Estética e Literatura”
Do cartesianismo ao espinosismo
“O vulgar filosófico começa pelas criaturas, Descartes começou pela mente, ele começa por Deus”. Leibniz acerca de Espinosa1 Quando o jovem Bento de Espinosa (1632-1677) desperta para a Filosofia, a grande referência que ele -encontra, dominando o panorama das letras e das ciências, -é – o cartesianismo. Embora francês de nascimento, René Descartes (1596-1650) é … Continue lendo “Do cartesianismo ao espinosismo”
Estética e as Artes Plásticas
Belo e sublime: da representação ideal da natureza a uma arte que se realiza na recepção do espectador Claudia Valladão de Mattos Ainda que, hoje, o termo “estética” seja em geral aplicado para designar a sub-área da filosofia que se dedica ao estudo do fenômeno artístico e à formulação de uma teoria geral das artes, … Continue lendo “Estética e as Artes Plásticas”
Espinosa e a Alemanha
Relegado ao esquecimento, a obra de Espinosa renasce na Alemanha em fins do século 18 Desde o final do século 17 e durante a maior parte do chamado século das Luzes, na Alemanha ou em outros países europeus, o pensamento filosófico de Espinosa foi principalmente objeto de violentos ataques e forte rejeição do que de … Continue lendo “Espinosa e a Alemanha”
Por uma teologia da beleza
Juvenal Savian Filho Na contemporaneidade, falar de Beleza, a respeito das artes, parece tão démodé e quase anacrônico como falar de verdade a respeito das filosofias. Faria algum sentido, então, falar de Beleza a partir do patrimônio intelectual-espiritual que herdamos da tradição judaico-cristã ocidental? Essa pergunta não pode ser negligenciada. O cristianismo, como se sabe, … Continue lendo “Por uma teologia da beleza”
Do sublime capitalista e das ruínas
Vladimir Safatle Dentre os perigos que a arte moderna corre, o pior é a ausência de perigo. Theodor Adorno Uma sociedade marcada pelo paradigma da segurança não pode mais se sentir insegura diante da arte que ela produz. Até porque, assim, ela perde as condições para lidar com o sentimento aterrador de desmoronamento produzido por … Continue lendo “Do sublime capitalista e das ruínas”