Bienal de São Paulo reabre pavilhão no Ibirapuera com mostra coletiva
Mama Goma, 2014, Deana Lawson; obra será exposta até dezembro na mostra 'Vento', em São Paulo (Foto: Divulgação/Bienal)
[Artes visuais] Vento – 34º Bienal de São Paulo
Como parte da programação da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto, a Fundação Bienal apresenta a mostra Vento a partir deste sábado (14), no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque do Ibirapuera. A exposição exibe obras de 21 artistas do mundo todo, entre os quais Ana Adamović (Sérvia), Koki Tanaka (Japão), Deana Lawson (Estados Unidos), Neo Muyanga (África do Sul), León Ferrari (Argentina), Ximena Garrido-Lecca (Peru) e Melvin Moti (Países Baixos). Do Brasil, participam Clara Ianni, Paulo Nazareth, Alice Shintani, Musa Michelle Mattiuzzi e Regina Silveira. Até fevereiro de 2021, seis outros artistas integram as ações que dão continuidade à programação digital concebida pela Fundação após a decisão de adiar para 2021 a mostra principal da 34ª Bienal de São Paulo.
A mostra que reabre o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, fechado desde março, é nomeada a partir do filme homônimo de Joan Jonas, no qual a artista norte-americana registra os esforços de um grupo de performers para executar uma coreografia na praia de Long Island, em Nova York, em um dos dias mais frios de 1968. A obra, segundo o curador geral Jacopo Crivelli Visconti, ganha novas camadas de significado em meio à pandemia: “Às vezes é preciso colocar algo no vazio para que ele se revele cheio de coisas que não podemos tocar ou ver”. Segundo ele, Vento, a mostra, funciona como um “índice desta edição da Bienal, no sentido de que aponta alguns dos temas que voltarão expandidos na exposição de setembro do ano que vem, e ao mesmo tempo se refere ao que já aconteceu”. A visitação se dará somente mediante agendamento pelo site da Bienal.
[Dança] São Paulo Companhia de Dança
Em comemoração aos 40 anos do Teatro Sérgio Cardoso, a São Paulo Companhia de Dança apresenta nesta sexta (13) o projeto Dança Hoje, uma coleção de oito coreografias contemporâneas criadas e gravadas durante o período de isolamento social. As obras, de curta duração e interpretadas por um número reduzido de bailarinos, serão transmitidas a partir das 21h pela plataforma Cultura em Casa, onde também é possível assistir a outras apresentações da série Teatro Sério Cardoso 40 anos, que celebra um dos mais importantes espaços culturais da capital paulista. Grátis.
[Teatro] Bertoleza
A Gargarejo Cia Teatral começa nesta sexta (13), às 21h, uma série presencial e online de três apresentações do musical Bertoleza no Teatro Arthur Azevedo, em São Paulo. A peça é inspirada no livro O cortiço, de Aluízio Azevedo, mas conta a história do ponto de vista de Bertoleza, e não de João Romão, protagonista original. Gratuitas, as apresentações são transmitidas pelo Facebook e Instagram do Gargarejo, mas também é possível assistir ao espetáculo presencialmente mediante reserva de ingressos por meio de um formulário disponível nas redes sociais do grupo. O teatro opera com capacidade reduzida (50 lugares) e o uso de máscara é obrigatório durante todo o espetáculo. Os ingressos para esta sexta (13) estão esgotados.
[Artes visuais] Trisha Brown: coreografar a vida
Vai até domingo (15), no Masp, a primeira exposição individual na América do Sul dedicada à coreógrafa, dançarina e artista pioneira Trisha Brown. Com trabalhos produzidos entre 1963 e 2005, a mostra exibe um conjunto de 156 obras entre fotografias e filmes de coreografias realizadas por Brown, que fez do improviso um importante meio de criação. A exposição é dividida em oito núcleos: “Corpo democrático”, “Contra a gravidade”, “Transmitir os gestos”, “Acumulações”, “Diagrama em movimento”, “Impulso contraditório”, “Máquinas de dança” e “Desenhar, performar”. Os ingressos (meia) custam R$ 22 e são vendidos apenas pelo site do museu.
[Música] Tributo a Elis Regina
No domingo (15), às 17h, a Orquestra Sinfônica Heliópolis apresenta um tributo virtual a Elis Regina com participação da cantora Vanessa Moreno e dos músicos Tiago Costa (piano), Fi Maróstica (contrabaixo) e Jônatas Sansão (bateria). O repertório promete passear por diferentes fases da carreira de Elis com canções como “Aprendendo a jogar”, “Agora tá”, e “Se eu quiser falar com Deus”. Com regência de Edilson Ventureli, o concerto será apresentado no auditório do Masp e transmitido pelo Youtube do Instituto Baccarelli. É preciso reservar ingressos aqui.
[Colóquio] Psicanálise e cinema
Organizado pelo Instituto de Psicologia da USP, o evento começa na segunda (16), das 14h às 17h, com uma discussão entre Daniel Kupermann (psiA-IPSUP) e Renato Tardivo (psiA-IPUSP) sobre os sonhos, os chistes e o cinema. Na segunda seguinte (23), Ismail Xavier (ECA-USP) e Renato Tardivo falam sobre personagens reais no cinema de Eduardo Coutinho e na clínica psicanalítica. O evento é gratuito e online. Para o público externo, será transmitido pelo Facebook da Psia – Laboratório de Pesquisas e Intervenções em Psicanálise.
[Ciclo formativo] Mulheres nas artes
Na segunda (16) também tem início o ciclo Mulheres nas Artes, que tem como objetivo discutir a participação feminina nas artes e na comunicação. Na programação há cinco webinários e dez oficinas com atividades práticas, transmitidas com acesso livre e gratuito pelo Youtube. Os temas dos webinários são “Participação e protagonismo das mulheres”, “Mulheres nas Políticas Públicas de Cultura”, “Mulheres na Produção Audiovisual”, “Cultura, Comunicação e Tecnologias” e “Mulheres e a Consciência Negra”. As oficinas, que tratam da elaboração, produção, gestão e comunicação cultural, oferecem ferramentas para a viabilização de projetos que tenham mulheres como protagonistas e em função de liderança. Quem quiser receber um certificado pela participação, deve se inscrever pelo Sympla.
[Bate-papo] Conversa sobre Stefania Bril
Na quarta (18), às 16h, o Instituto Moreira Salles promove uma conversa sobre a obra da fotógrafa Stefania Bril (1922-1992). O papo reúne profissionais que conviveram estreitamente com Bril, como a jornalista e professora Cremilda Medina, a curadora Rosely Nakagawa, o pesquisador Ricardo Mendes e a filha da fotógrafa, Jaqueline Bril. Na ocasião também será lançado o curta Dupla proteção, dirigido por Jaqueline, que conta a história de três gerações de sua família. O filme fica em cartaz no site do IMS até terça (17). A transmissão acontece pelo Youtube e Facebook do instituto.
[Ciclo] Jóvens Filósofas em Diálogo
O evento incentiva a troca entre jovens pesquisadoras da Filosofia por meio da divulgação, em dupla, de suas pesquisas mais recentes. Na próxima quarta (18), Alexandrina Paiva (IFSP/USP) e Hellen Lopes (IFMA/PUCRS) falam sobre pensar os nossos tempos a partir dos conceitos de “amor mundi” e “responsabilidade” em Hannah Arendt. Já no dia 26/11, Karla Sousa (UFBA) e Rosangela Almeida (UFS/SEDUC-SE) discutem a importância do fazer filosófico feminino para as gerações futuras. O evento é uma parceria entre o Grupo de Estudo Independente Mulheres e Filosofia (GEIMF), o Laboratório de Filosofia Política e Moral Gerardo Marotta (LabFilGM-UNIRIO/CNPq) e a Faculdade de Filosofia da UNIRIO. As conversas são gratuitas e transmitidas pelo Youtube da Labfilgm.
[Festival] Cabíria – Mulheres & Audiovisual
Também na quarta (18) tem início o Cabíria, um festival dedicado à produção realizada por mulheres e pessoas de identidades de gênero diversas para promover maior representatividade e diversidade nas telas e atrás das câmeras. Em sua segunda edição, exibe 35 filmes, 22 microfilmes, além de debates, oficinas, masterclasses e painéis. A programação pode ser acessada por meio de cadastro simples nas plataformas Videocamp, para os títulos longas e médias, Cardume para os curtas, com sessões online seguidas de debate. Painéis, masterclasses, lives e muito mais poderão ser acessadas no Youtube do festival.
[Festival] FlinkSampa
Nesta quinta (19) e sexta (20) acontece a oitava edição da Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra, que neste ano homenageia a escritora paulista Ruth Guimarães, autora de mais de 50 obras publicadas entre ensaios folclóricos, romances, contos, poemas, traduções, crônicas, livros infantis e reportagens. No primeiro dia de evento, às 16h10, Joaquim Botelho Guimarães, filho da autora, e a escritora Conceição Evaristo conversam sobre a vida e obra de Ruth a partir do marco dos cem anos do seu nascimento. Entre 17h40 e 18h40 acontece o lançamento da edição comemorativa dos 70 anos de Os filhos do medo e, logo depois, às 18h50, a exibição da webbiografia “Ruth Guimarães: centenário de nascimento (1920-2020)”. Já na sexta, a FlinkSampa apresenta as mesas “Africanidades diaspóricas: identidades”, “Diálogos sobre a escravidão”, “Os nossos bambas das letras” e “O legado do Machado de Assis real: literatura e trajetória”. A festa integra a programação da Virada da Consciência, promovida pela Universidade Zumbi dos Palmares em parceria com a ONG Afrobras. A transmissão será pela plataforma digital da Virada da Consciência.