O potencial político da Teoria ‘queer’

O potencial político da Teoria ‘queer’
(Reprodução Youtube)
  Pioneira dos estudos queer no Brasil, pioneira na tradução de pensadoras feministas como Joan Scott e Judith Butler, a professora Guacira Lopes Louro avisa que se sente “pouco confortável” com o qualificativo de “pioneira”. “Afinal, não me parece muito queer assumi-lo, não é?”, diz, demonstrando a efetiva ligação entre teoria e prática, entre academia e ativismo. Há alguns anos, conta ela, um conjunto de condições proporcionou seu contato com a Teoria queer. Na medida em que que percebia seu potencial provocativo, levou a discussão para os espaços acadêmicos em que atuava, especialmente o Grupo de Estudos de Educação e Relações de Gênero (GEERGE) e o Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Uma especificidade marca a sua entrada nos estudos queer: sua articulação com a área da educação. “São dois campos aparentemente muito distintos, por vezes até contraditórios”, explica ela nesta entrevista. CULT: Sua área de atuação é a educação, o que mostra a amplitude disciplinar da Teoria queer, mas também me leva a perguntar qual a importância de estudar Teoria queer na educação? Guacira Lopes Louro: Acredito que a importância ou o alcance que o pensamento queer pode ter no campo da educação depende do modo como o compreendemos. Considerar o queer como uma espécie de termo guarda-chuva que abriga todas identidades não-heterossexuais e comportamentos ou práticas que se desviam das normas regulatórias da sociedade talvez implique uma redução do seu imp

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