O cristianismo à luz da Teologia da Libertação

O cristianismo à luz da Teologia da Libertação
Frame do vídeo "Vi todas as coisas, e maravilhei-me de tudo, mas tudo sobrou ou foi pouco - não sei qual - e eu sofri", Roberta Goldfarb, 2014 (Foto: Reprodução)
  O cristianismo pode ser visto sob duas perspectivas distintas. Uma, como grande instituição chamada Igreja (ou Igrejas) que se organiza ao redor do poder sagrado de forma hierarquizada, tendo o papa, no caso da Igreja romano-católica, como o cabeça, e o clero (bispos e padres) assumindo a função de direção da massa dos fiéis.  A outra perspectiva é a de entender o cristianismo, como o fazem os Atos dos Apóstolos, como o caminho ou o movimento de Jesus, ou seguimento do Jesus histórico. Significa certo modo de ser e de dar sentido à vida. Não forma uma instituição, mas um movimento constituído por um conjunto de valores, atitudes, utopias e sonhos que dão novo rumo à vida. Mais que uma religião, é um caminho espiritual. Esses valores se expressam fundamentalmente pelo amor, pela compaixão, pela sensibilidade para com os sofredores, pela solidariedade, pela aceitação das diferenças e pela abertura ao Sagrado e ao Transcendente sem que isso signifique adesão a determinada confissão religiosa (o que pode também acontecer, mas não necessariamente). Esta perspectiva é humanística e espiritual. São muitos os que a assumem por admiração a Jesus, dentro ou fora de alguma inscrição religiosa. Jesus histórico: o verdadeiro libertador A Teologia da Libertação só pode ser adequadamente entendida como seguimento do Jesus histórico e de sua saga de vida. Atualiza o movimento de Jesus para os dias atuais. Quem foi e é Jesus? Jesus foi um profeta ambulante, grande contador de histórias, das quais tirava sábias lições.

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