Neoconservadorismo, neoliberalismo e neofundamentalismo

Neoconservadorismo, neoliberalismo e neofundamentalismo
  A emergência das novas direitas é o fenômeno mais destacado dos últimos anos na política brasileira. Os resultados obtidos por elas nas últimas eleições municipais foram festejados na grande imprensa como o surgimento de uma força virtuosa capaz de moralizar a política, banir a corrupção, acabar com o populismo e estabelecer um novo equilíbrio na política nacional. As novas direitas são heterogêneas e diversificadas, atuam em contextos diferentes para os quais confluem várias correntes. Por essa razão, o plural se justifica. O que elas trazem de novo é uma inesperada capacidade de mobilização e um forte apelo popular. O programa político das direitas parece ter ultrapassado o restrito círculo das elites econômicas e atingido as periferias das grandes metrópoles. Mobilizando ressentimentos sociais exacerbados pela crise econômica e pela frustração das expectativas de ascensão social geradas nas últimas décadas, as novas direitas ocuparam um espaço político que as esquerdas tradicionais não eram mais capazes de preencher. O fato de essas correntes terem se tornado mais evidentes é também porque seus antagonistas se tornaram mais fortes e visíveis. É porque há greves, ocupações, passeatas pela legalização da maconha, marchas das vadias e paradas LGBTs que a reação se exerce. Mas a reação é muito forte e por isso mesmo seu alcance precisa ser observado. É preciso analisar esses fenômenos de maneira cuidadosa, evitando exageros e superficialidade. Uma análise das principais correntes político-culturais que constituem

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