‘História agrária da Revolução Cubana’, de Joana Salém Vasconcelos
Entender como se deu a evolução da questão agrária em Cuba após a revolução socialista de Fidel Castro é o objetivo do estudo História agrária da Revolução Cubana (2017, Alameda Editorial), que é lançado neste sábado, às 14h, na Tapera Taperá. No lançamento, a autora Joana Salém Vasconcelos, doutoranda em História Econômica pela USP, participa de debate com o professor de Economia da Unicamp Plínio Arruda Sampaio Jr.
Fruto do mestrado de Joana Salém, defendido em 2013 na Unicamp, o livro analisa como a tradição agrária cubana, herança de quatro séculos de colonização, representou uma barreira para a implantação do governo socialista de Fidel Castro. Colonia espanhola até sua independência em 20 de maio de 1902, a ilha estruturou-se economicamente a partir da monocultura de cana-de-açúcar e tabaco.
Mesmo após a independência, no entanto, essa estrutura não mudou radicalmente. A ilha passou a ter mais influência dos Estados Unidos, que limitava sua independência e restringia-lhe a economia ao cultivo de plantations. Em 1959, quando houve a Revolução Cubana, uma dos impasses do novo governo socialista foi tentar superar essa tradição agrária para, assim, deixar para trás seu histórico problema de escassez econômica e material. Trazendo esse panorama, Joana Salém procura não apenas estudar o ocorrido em Cuba, mas levantar reflexões sobre os limites e desafios do socialismo nos trópicos.
Lançamento de ‘’História agrária da revolução cubana’
Quando: 2 de setembro, às 14h
Onde: Tapera Taperá – Av. São Luiz, 187