Pequeno glossário dos conceitos de Jürgen Habermas
O pensador alemão Jürgen Habermas em 2014 (Európai Bizottság/Dudás Szabolcs)
Representante maior daquilo que se convencionou “segunda geração” da Escola de Frankfurt (grupo que reuniu teóricos como Walter Benjamin, Max Horkheimer, Theodor Adorno e Herbert Marcuse, a partir da década de 1930), Jürgen Habermas é hoje, sem dúvida, o pensador vivo mais importante da Alemanha. Autor de livros que propõem articulações inovadoras no campo clássico das teorias do direito, da moral e da educação, Habermas também participa como decisivo interventor no debate público europeu. Suas reflexões sobre questões urgentes da contemporaneidade vão desde o consenso normativo da bioética aos rumos regulatórios da União Europeia, da discussão institucional sobre a democracia no século 21 à reavaliação do papel das religiões na atual esfera política.
Habermas completa 80 anos neste 18 de junho. No entanto, para além da importância da efeméride, parece cada vez indispensável ao debate brasileiro a compreensão dos aspectos centrais da teoria de Habermas, de seu work in progress, até para que possamos “perceber nossa própria sociedade de outro modo, mais crítico e menos auto-indulgente e superficial”, como nos informa o admirável texto de Jessé Souza, que participa deste dossiê.
Vale lembrar que Habermas é notoriamente reconhecido como autor difícil, na medida em que integra com diferentes tradições do pensamento ocidental. Isso não deveria impedir, entretanto, a compreensão paciente do trabalho conceitual decisivo que acompanha suas análises.
Este dossiê CULT pretende, com a ajuda de especialistas bras
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