Catolicismo saudosista e militante

Catolicismo saudosista e militante
Frame do vídeo "Vi todas as coisas, e maravilhei-me de tudo, mas tudo sobrou ou foi pouco - não sei qual - e eu sofri", Roberta Goldfarb, 2014 (Foto: Reprodução)
  Todos os que vivemos entre a década de 1960 e 1980 na Igreja Católica, pujantes de inovação, profetismo e criatividade, hoje vemos, com perplexidade, grupos dessa mesma Igreja ocupando o espaço público para propagar uma linha conservadora e mesmo ultraconservadora. Os ventos de renovação trazidos pelo Concílio Vaticano II são questionados e criticados. Correntes teológicas inovadoras e práticas pastorais de vanguarda, que brotaram em diversas partes do mundo após o Concílio, continuam vivas. Porém, parecem ter menos visibilidade e não suscitar mais tanto interesse nos fiéis e nas outras pessoas.  As mídias tradicionais e novas exibem perfis diferentes de protagonistas do cenário religioso católico, que se destacam por atividade intensa e até febril. Muitos são indivíduos, grupos e movimentos de corte extremamente conservador, porém bem ativos. Fazem ouvir suas vozes a propósito de fatos e acontecimentos intra e extraeclesiais. Sua atuação não repercute apenas dentro da Igreja, mas igualmente na esfera social, e muito concretamente na política. Algumas vezes estão em movimentos organizados e aprovados oficialmente pelo Vaticano. Outras, aglutinam-se ao redor de um líder ou guru e atuam sem o apoio de uma corporação ou instituição. Também há indivíduos isolados que buscam o espaço público para disseminar suas ideias e propostas.  Quais as linhas mestras de pensamento e atuação dessas pessoas e grupos, e como se configura sua ação no panorama do catolicismo atual? O distanciamento do Concílio Vaticano II O di

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