O futuro da análise junguiana
Edição do mêsFreud, Stanley Hall, Jung, Abraham Brill, Ernest Jones Ferenczi, na Universidade de Clark, em Massachusetts (Foto: Reprodução)
Embora este texto esteja repleto de opiniões “do contra” e tenha como objetivo atiçar o debate, a metodologia usada é bastante séria. Ela é chamada de análise Swot: strengths, weaknesses, opportunities, threats (forças, fraquezas, oportunidades, ameaças). Desenvolvido no mundo organizacional e empresarial, é um método testado e comprovado para avaliar o estado de qualquer organização. E aqui está sendo aplicado a um campo profissional. A vantagem de uma análise Swot é que permite considerar fatores internos e externos, assim como incluir o mesmo item em mais de uma das listas. Algo pode tanto ser uma força como uma fraqueza. O método Swot organiza questões e ajuda a afastar a ansiedade para que haja um espaço de reflexão. Afinal de contas, um texto sobre “o futuro de” qualquer coisa imediatamente cria ansiedade. Como bom junguiano, também aprecio o fato de haver quatro componentes, o quatérnio encontrado com tanta frequência nos escritos de Carl Gustav Jung.
Talvez alguns leitores se surpreendam com a uso de uma metodologia derivada do mundo empresarial. Como acadêmico dos estudos psicossociais, vejo a psicologia analítica como um tipo de empreendimento comercial, competindo com outras modalidades de psicoterapia e sujeita não só ao zeitgeist, mas também a leis e regulamentos das profissões de saúde e do Estado.
Além de ser uma organização comercial internacional, há indícios de que a psicologia junguiana, como representada pela Associação Internacional de Psicologia Analítica (Iaap), ainda é, em alguns aspectos, um
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