Terry Gilliam fala dos aplicativos do filme "Monty Python – Em Busca do Cálice Sagrado"
Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o cineasta Terry Gilliam comenta sobre os novos aplicativos da Apple que reúnem materiais fílmicos e extras de uma de suas películas mais cultuadas, “Monty Python – Em Busca do Cálice Sagrado” (Monty Python and the Holy Grail, 1975), assim como as 22 esquetes das primeiras temporadas do Monty Python’s Flying Circus, série para a televisão britânica (1969-1974).
“Se pudermos extrair qualquer quantia em dinheiro dos nossos fãs, estaremos bastante vorazes…”, diz Gilliam, referindo-se aos aplicativo lançados neste ano.
“Os iPads estão aqui, os aplicativos estão aqui: não há como ser mais um alienado. Você tem que seguir o fluxo”, completa o cineasta.
O grupo Monty Python, composto pelo até então cartunista Terry Gilliam, Eric Idle, Graham Chapman, John Cleese, Michael Palin e Terry Jones, lançou seus integrantes ao estrelato com sua série de televisão, seus filmes, shows e programas de rádio.
Um recurso interessante dos recentes apps é possibilitar que o usuário possa assistir, de forma randômica, aos diferentes vídeos reunidos, o que entra em conflito, segundo Gilliam, com o conceito inicial da criação das obras.
“Quando fizemos os programas, dedicamos muito tempo para nos certificarmos de que iriam na ordem em que planejamos, intocáveis. Agora estamos deixando serem manuseadas de qualquer forma. Não me incomoda mais, embora antigamente tenha incomodado. Algumas esquetes funcionam melhor do que outras, então vamos editar mesmo as coisas fracas. E eu gosto da aleatoriedade”.