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Psicanalista e doutora em Psicologia Social e do Trabalho pela USP. Autora de “Sublimação e Unheimliche” (Pearson, 2017), “A abstração e o sensível: três ensaios sobre o Moisés de Freud” (E-galáxia, 2020) e organizadora de “Freud e o patriarcado” (Hedra, 2020).

O trabalho de Lyotard é um questionamento da noção de unidade: do corpo, da verdade, do discurso de significação, da teoria, da filosofia e de sua própria obra

Lyotard escreve sob o ponto de vista de quem está no fluxo da pulsão e sabe que qualquer apreensão conceitual desse fluxo é apenas momentânea e parcial

Matemático e professor de filosofia das ciências, lógica e epistemologia na Universidade Paris X, Jean-Michel Salanskis realça a contribuição de Jean-François Lyotard para além dos estudos de estética, pelos quais se tornou conhecido.

A vivacidade e a fertilidade da bibliografia de Lyotard talvez estejam nisto: na relação incompossível – para já usar uma palavra “pagã” sua – entre o sofista e o filósofo

Em uma época na qual as catástrofes se impõem como um “novo normal”, a proliferação das mais diversas fórmulas mercadológicas para nos tornar invulneráveis ao fracasso não deixa de ser paradoxal

A mercadoria mostra sua faceta mais complexa no ponto exato em que quase perde seu caráter material para adquirir elementos metafísicos. Nesse lugar aparentemente vazio de materialidade, a mercadoria ganha poderes e dimensões sobrenaturais

Uma psicanálise que centralize a linguagem e se recuse a totalizar a experiência humana. Essa é a prática defendida pela psicanalista Vera Iaconelli

A vulva certamente traz um veio promissor para confrontar cenas misóginas que ainda incidem sorrateiramente sobre formulações teóricas e clínicas tanto da psicanálise quanto da filosofia

Expandir a linguagem da vulva significa oxigenar léxicos que, aos defensores da cis-heteronormatividade e do poder patriarcal, convinha sufocar