Por dentro da TV

Por dentro da TV

São 170 milhões de telespectadores. A partir do início daa década de 1950, o Brasil tornou-se o país da televisão, num processo de conquista que começou quando as câmeras da PRF3-TV, a extinta TV Tupi de São Paulo, deram início à sedução. O país abraçou com gosto o eletrodoméstico, que determina padrões estéticos, modifica a linguagem popular, dita comportamento, oferece entretenimento fácil e, no fundo, não quer ser nada mais que uma luminosa e colorida vitrine para a venda de produtos e serviços. Em outras palavras, um bom negócio para os beneficiários das concessões dos canais comerciais. Essa visão extremamente crítica, adotada parcial ou totalmente por dez entre dez intelectuais, não impede, entretanto, que o veículo seja estudado nos meios acadêmicos. Teses e teses são produzidas todos os anos pela universidade, numa discussão que faz todo o sentido. Afinal, como negar o poder da televisão na vida das pessoas? Para o bem ou para o mal, sua influência tende a crescer ainda mais a partir de dezembro próximo, com o anunciado lançamento da TV digital no país. A tecnologia que, entre outros recursos, promove a convergência com a Internet, deverá tornar a televisão mais onipresente. Mas a promessa de um salto de qualidade no conteúdo vem de outra frente: a rede pública, bancada pelo governo federal, cujo lançamento também está prometido para os próximos meses. Cult convidou jornalistas especializados, pensadores e profissionais do setor a refletir sobre o passado, o presente e o futuro da televisão brasileira. O resultado está nos ensaios, depoimentos e entrevistas deste dossiê.

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