PLs de Marielle tramitam na Câmara e se transformam em luta coletiva
A socióloga e vereadora Marielle Franco, a quinta vereadora mais votada nas eleições do Rio em 2016 (Divulgação)
Todas as segundas-feiras, um grupo de cerca de dez pessoas se reúne no gabinete que pertencia à gestão de Marielle Franco na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. São membros da equipe da vereadora, que desde abril têm trabalhado para impedir que os projetos e debates encampados por ela em um ano e três meses de mandato sejam esquecidos ou interrompidos no legislativo carioca.
Organizados como Mandata Marielle Franco, atuam no âmbito da memória, da reparação e da manutenção do legado da vereadora, a quinta mais votada na cidade nas eleições de 2016, e executada em março no centro do Rio em um crime ainda sem respostas. “A gente se compreende como portadoras e portadores do que significava pertencer ao ente coletivo que era Marielle”, afirma Arlei Assussena, membro do grupo. “O assassinato da Mari foi uma tentativa de calar a sua voz, e nossa função é não deixar que isso aconteça.”
Após o crime, parte da equipe de Marielle foi absorvida pela gestão do seu suplente, João Batista Oliveira de Araújo, conhecido como Babá, e parte foi realocada para outros gabinetes do PSOL. “Fizemos o máximo para que os companheiros que trabalharam com ela tivessem espaço dentro da Câmara para assumir os projetos e as bandeiras que Marielle defendeu aqui dentro”, afirma o paraense de 64 anos, que acredita ser de toda a bancada do PSOL a responsabilidade de dar continuidade aos projetos de Marielle.
As ações do grupo – também composto por pessoas de fora do espaço institucional da Câmara – incluem a organização de atos nos di
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