Caetano Galindo, Maria Homem e Bruno Maron comentam suas leituras

Caetano Galindo, Maria Homem e Bruno Maron comentam suas leituras
Caetano Galindo, Bruno Maron e Maria Homem dão dicas de leitura (Divulgação)
Convidados pela CULT, eles indicam obras de Lyndall Gordon, Octavio Paz, Natalie Zaltzman e Paola Berenstein CAETANO GALINDO, professor e tradutor A leitura do momento é The imperfect life of T. S. Eliot, de Lyndall Gordon, autora também de uma biografia de Eliot publicada em dois volumes entre 1977 e 1988. Neste livro, de 1999, ela apresenta uma espécie de leitura transversal da vida e da obra daquele que é possivelmente o maior poeta do século 20. Quem estiver em busca de uma apresentação mais “ortodoxa” e de uma documentação mais obsessiva da trajetória de Eliot, provavelmente vai preferir as obras anteriores de Gordon, ou o belíssimo Young Eliot, publicado recentemente (2015) por Richard Crawford. Mas o perfil psicológico que essa “imperfect life” apresenta é acachapante. Sua defesa de uma leitura “pessoal” da poesia e sua apresentação das sucessivas crises por que passou a vida de Eliot demonstram uma empatia incrível e resultam numa versão muito convincente de homem e obra, ambos ainda mais próximos de nós do que podíamos imaginar. MARIA HOMEM, psicanalista Estou lendo dois livros (estou lendo vários, mas vou me conter), ambos apaixonantes. O primeiro estou relendo: o clássico A dupla chama: amor e erotismo, de Octavio Paz. Com altíssima erudição e longamente cultivada sabedoria, o Nobel mexicano trama os vários fios que compõem nossa imagem do amor ao longo dos séculos.​ Ele chega a uma concepção que, de certa forma, nos faz respeitar a profundidade do encontro com o outro e almejar a graça de ser tocado por esse

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