Nas instâncias do poder

Nas instâncias do poder
  Dos 57.691 vereadores eleitos no dia 2 de outubro deste ano, 7.790 são mulheres, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso significa que, a partir de 2017, elas representarão 13,5% das câmaras municipais brasileiras, percentual que praticamente se manteve o mesmo desde as eleições de 2012, quando chegaram a 13,3%. Embora representem 51% da população, as mulheres brasileiras enfrentam um dos piores cenários mundiais em termos de representação política. Estamos atrás de países como Afeganistão e Arábia Saudita quando o assunto é presença feminina no Congresso, como mostra o ranking da União Interparlamentar (UIP): entre 193 nações, o Brasil aparece na 155º posição. Nas estatísticas da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), temos o menor índice de participação de mulheres nas Câmaras em toda a América do Sul. “A partir do momento em que tivermos a paridade de gêneros , temas como aborto, violência contra a mulher e ampliação das creches, entre outros pontos ignorados pela bancada masculina, passarão a ser debatidos com maior entusiasmo”, afirma Karina Kufa, pesquisadora do assunto e advogada especialista em direito eleitoral. Com base nos resultados das últimas eleições, o cenário ideal citado por Kufa está longe de se concretizar. Das 5.570 cidades brasileiras, 1.290 não elegeram nenhuma representante feminina para o legislativo, segundo levantamento do G1 com base em dados do TSE. Outros 1.963 municípios terão apenas uma vereadora e em apenas 23 elas serão maioria a partir do

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