Experiência e legado das mulheres artistas do Surrealismo

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Experiência e legado das mulheres artistas do Surrealismo
"Que me veux tu?" (o que você quer de mim?), fotografia de 1929 de Claude Cahun (Wikimedia Commons)
  Das vanguardas modernistas europeias da primeira metade do século 20, o Surrealismo se configurou como a mais aberta para as mulheres artistas. Inspirado por dissolução da norma, quebra de paradigma, ruptura com as tradições moralistas e investigação dos sonhos e do inconsciente, ele se tornou particularmente interessante para essas mulheres que buscavam a fuga e a subversão das normas que consideravam inadequadas. No que concerne às mulheres artistas do Surrealismo, em Women Artists and the Surrealist Movement, (1985), Whitney Chadwick notou como elas inauguraram uma nova forma de abordar os temas clássicos do Surrealismo, muitas vezes com base nas experiências próprias e críticas de gênero, e como criaram outras redes relacionais mais distantes dos membros originais do movimento, atingindo a maturidade artística após esse afastamento, situação do grupo centrado em Remedios Varo e Leonora Carrington no México a partir de 1942. Parte do distanciamento e do amadurecimento artístico veio do conflito vivenciado por algumas das artistas em relação às posições de musa e femme-enfant que lhes eram atribuídas por alguns dos artistas surrealistas. Algumas delas, inclusive, como Carrington, Leonor Fini e Dorothea Tanning, eram bastante críticas ao modo como as mulheres eram tratadas dentro do movimento. Esse conflito marcou uma página importante da história da arte e do próprio Surrealismo, alterando a relação de muitas delas com o movimento e a forma como ele foi incorporado e abordado nos trabalhos, tanto pela crítica quanto pela inspira

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