Delicadeza transviada

Delicadeza transviada
  Apesar da pouca idade, a fotógrafa canadense Laurence Philomène, vinte e um anos, já apresenta uma obra que afronta o conceito de gênero binário cristalizado na sociedade. Ela começou a fotografar e publicar seu trabalho na internet aos quatorze anos. O que se entende por masculino funde-se com o seu oposto em fotografias delicadas que se alinham à cultura queer. Em entrevista à revista CULT, por e-mail, ela conta sobre seu processo criativo e suas fotos, publicadas neste dossiê. CULT: Quais são as suas principais referências estéticas? Laurence Philomène: Em geral, eu me inspiro a partir de combinações de cores. Eu gosto de rosa, azul, lilás, pêssego e também de várias coisas que vão desde Maria Antonieta, passando por Wolfgang Tillmans, até grupos de garotas da década de 1960. Eu também gosto de todos os tipos de boneca, elas sempre foram uma grande fonte de inspiração para mim. Alguma experiência pessoal te ajudou no desenvolvimento do seu trabalho? Eu sofro de uma doença crônica no rim que me acompanhou por toda a vida e, devido a isso, passo muito do meu tempo sozinha em casa. Acredito que, como uma adolescente, eu usei a fotografia para escapar, de alguma forma. Quando estava sozinha em casa, fotografava para me distrair. Conforme fui crescendo, ser queer definitivamente influenciou meu trabalho. Eu também me identifico como assexual. Acredito que isso me ajude a criar uma nudez fotográfica que não é inerentemente sexual. Eu acho que os corpos humanos são lindos e é isso que quero mostrar no meu trabalho. Você so

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