Sentenças, aforismos e fragmentos póstumos de Nietzsche

Sentenças, aforismos e fragmentos póstumos de Nietzsche
Nietzsche em Basel, 1876 (Arte Andreia Freire / Reprodução)
    Conservador? De fato, após o cristianismo ter exigido que o indivíduo se alvoroçasse como juiz sobre tudo e todos, a megalomania tornou-se quase dever para ele: é preciso fazer valer direitos eternos contra tudo o que é temporal e condicionado! Que importa o Estado! Que importa a sociedade! Que importam as leis históricas! Que importa a fisiologia! Aqui fala um além do vir-a-ser, algo imutável em toda a História, aqui fala algo de imortal, algo de divino, uma alma! Um outro conceito cristão, não menos maluco, foi transmitido ainda mais profundamente na carne da modernidade: o conceito de igualdade das almas perante Deus. Ele é o protótipo de todas as teorias dos direitos iguais: ensinou-se a humanidade a derivar religiosamente o princípio da igualdade; a partir disso, constitui-se mais tarde uma moral: e, que milagre, o homem acabou por leva-lo a sério, a assumi-lo praticamente!, quer dizer, politicamente, democraticamente, 
de modo socialista, pessimista-indignado... Fragmento Póstumo 15 da primavera de 1888 Antifeminista? Enfim: a mulher! Essa metade da humanidade é fraca, tipicamente doente, instável, inconstante – a mulher precisa da força, para se apegar a ela, – e uma religião da fraqueza, que glorifica como algo divino a fraqueza, o amor, a humildade... Ou, melhor dito, ela enfraquece os fortes, – quando tem êxito, ela domina e prepondera sobre os fortes... A mulher sempre conspirou juntamente com os tipos da décadence, com os sacerdotes contra os “poderosos”, contra os “fortes”, contra os

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