Edson Teles: Memórias que a ditadura tentou apagar emergem com a força dos fatos históricos

Edson Teles: Memórias que a ditadura tentou apagar emergem com a força dos fatos históricos
Edson Teles em encontro da Comissão da Verdade Rubens Paiva na Alesp, em 2013 (Foto Márcia Yamamoto / Divulgação)

 

O professor Edson Teles é mestre e doutor em Filosofia pela USP, professor de Filosofia da Unifesp e autor de diversos livros, incluindo a organização de O que resta da ditadura (Boitempo). Essa breve apresentação já serviria para justificar sua presença à frente do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF), instituto da Unifesp encarregado de identificar desaparecidos políticos da ditadura de 1964 entre as ossadas encontradas na Vala Clandestina de Perus. Quem o ouve falar com a voz pausada e baixa, enquanto circula com naturalidade entre as ossadas em estudo no laboratório, não é capaz de adivinhar que ele carrega também na sua biografia a marca das torturas que pesquisa. Coube à família Teles ser uma das primeiras a vencer um processo contra o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, condenado e declarado publicamente torturador pela Justiça e anos depois, identificado pela Comissão Nacional da Verdade como um dos mais cruéis militares entre os mais de 300 torturadores identificados. Edson é, nesse sentido, um profissional capaz de unir teoria e prática na sua história intelectual e, portanto, de sustentar a antropologia e a arqueologia forense de alto nível que o CAAF mobiliza a partir de um discurso consistente e necessário nesse momento em que o revisionismo histórico tenta reconstruir a história do país:

“Temos no laboratório a prova material de que tivemos uma ditadura gravemente violenta. As memórias que a ditadura tentou apagar, a partir do nosso trabalho, emergem com a força dos fatos históricos”.

Nesta entrevista à CULT ele explica como funciona o CAAF, quais seus objetivos, as articulações entre as arbitrariedades do passado com a violência policial contemporânea e a importância de articular a universidade pública aos movimentos sociais cujas práticas de resistência têm muito a nos ensinar nesses tempos tão difíceis.

Nesta sexta-feira (22), promove a aula inaugural de dois cursos de extensão que materializam a abertura da Universidade a outros públicos: “Direitos Humanos e Lutas Sociais” e “Antropologia Forense e Direitos Humanos”, com um ato em memória da vereadora Marielle Franco. O CAAF começa o ano letivo com uma “femenagem” às mulheres.

Um dos objetivos do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF) é desenvolver projetos relacionados a violação de direitos humanos no Brasil. No atual contexto político, o CAAF ganha ainda mais importância?  

O CAAF tem dois grandes projetos, sob os quais boa parte de nossas atividades se desenvolvem. Fazemos o trabalho forense de identificação de desaparecidos políticos da ditadura entre as ossadas encontradas na Vala Clandestina de Perus, criada nos anos 1970, pela ditadura, para ocultar cadáveres, e, no outro projeto, pesquisamos as situações de morte, via execução, das vítimas dos Crimes de Maio de 2006, ocorridos em São Paulo. Ambas as pesquisas apontam para estruturas e estratégias violentas do Estado brasileiro no modo de lidar com os sujeitos considerados “descartáveis” ou com as vidas que pouco importam. No contexto atual, com um governo federal que adota a linha da maior militarização da vida cotidiana, bem como autoriza, com leis e discursos, a ação ainda mais violenta por parte de agentes do Estado, toda pesquisa sobre violações de direitos humanos no país já seria relevante. Porém, diante de um presidente que tem como um de seus heróis o maior torturador da ditadura, o coronel Ustra, e defende abertamente o período do regime militar, bem como já disse aprovar a tortura contra “inimigos”, o trabalho do CAAF passa a ter uma importância maior e singular. Trata-se, no atual contexto, de trazer à tona as provas materiais do que foi a ditadura e, mediante os dados de nossas pesquisas, demonstrar para a sociedade brasileira o dramático erro cometido ao se autorizar ou apostar na violência como meio de solucionar os problemas urbanos e políticos.

Estão sob a guarda do CAAF as ossadas encontradas no cemitério municipal de Perus. Qual tem sido o processo de análise dessas ossadas para identificação de desaparecidos políticos?

Quando recebemos as ossadas, em 2014, não havia um laboratório e nem mesmo protocolos de trabalho em antropologia forense. Em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos, por meio da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos, e com a Prefeitura de São Paulo, a Unifesp iniciou então a construção da instituição que hoje abriga essas pesquisas, o CAAF. O material analisado tem mais de 40 anos, o que dificulta as análises devido à deterioração. Além disso, por terem vindo de uma vala comum, em cada caixa recebida havia, muitas vezes, ossadas de mais de um indivíduo. Nosso trabalho consiste, de modo geral, limpar as ossadas, separar os indivíduos, analisar cada um em busca de marcas de identificação ou de aproximação dos indivíduos que buscamos e, por fim, retirar uma amostra de DNA (pedaço de um osso) e enviar para o exterior, a partir de um convênio firmado com a ICMP (International Commission On Missing Persons), especializada em extração de DNA em grande quantidade e de material com baixa qualidade devido às condições nas quais são encontrados.

Assim, dois grandes bancos de dados foram montados. Um, o ante-mortem, com os dados dos 42 desaparecidos políticos que os familiares de vítimas da ditadura consideram com grande chance de terem sido lançados na Vala de Perus. São informações vindas das famílias, do IML, e referente à perseguição política sofrida. Há ainda, nesta base, os depoimentos de outros perseguidos sobreviventes cujas narrativas possam indicar alguma marca que facilite a identificação. Assim, por exemplo, se um desaparecido tivesse quebrado o braço durante a vida, esta marca poderia auxiliar na identificação de sua ossada.

O outro banco de dados é justamente as informações obtidas pelas análises feitas no laboratório do CAAF, sobre as ossadas, suas marcas, sexo, tamanho, idade aproximada etc, que formam um arquivo post-mortem. Da comparação entre esses dados se obtém a lista das caixas onde há maior probabilidade de serem identificados desaparecidos.

Até o momento, temos todas as caixas abertas e limpas, e cerca de 900 delas com as análises já realizadas. O restante está sendo analisado e as que se aproximam mais do perfil procurado tem uma amostra de DNA retirado para exame.

Durante o ano de 2018 conseguimos a confirmação da identificação de dois desaparecidos políticos: Dimas Antônio Casemiro (desaparecido em abril de 1971) e Aluízio Palhano Ferreia (desaparecido em maio de 1971). Segundo o Relatório da Comissão Nacional da Verdade, ambos foram vítimas do DOI-CODI de São Paulo, comandado à época pelo coronel Ustra.

Qual a importância desse projeto estar sendo desenvolvido numa universidade pública e que parcerias internacionais são fundamentais para a sustentação do Caaf?

A universidade pública brasileira tem passado por transformações importantes. Nos últimos anos, com a expansão das instituições de ensino superior e das vagas, com a entrada de sujeitos que não tiveram em suas famílias indivíduos com oportunidade de cursar uma universidade, o perfil, a demanda e a disputa de qual conhecimento será produzido e divulgado se modificaram. Na área de humanas, as questões raciais, da violência do Estado, das formas de resistência, dos estudos de pensadores brasileiros, latino-americanos, afro-brasileiros e africanos ganhou um espaço considerável. Os temas de direitos humanos passaram a ter uma importância ainda maior. Assim como o compromisso da universidade pública com a qualificação da vida e dos direitos. Pesquisas e formações como as realizadas pelo CAAF se encontram nesse processo de democratização e transformação da universidade. São projetos colaborativos com a sociedade civil no esforço de produzir a proteção das camadas mais vulneráveis da população e de garantir o acesso deles aos instrumentos e mecanismos de luta por uma vida digna. Por outro lado, o CAAF já sentiu mudanças recentes sendo implementadas no apoio à pesquisa e formação em direitos humanos, com a diminuição dos fomentos e dos aportes financeiros necessários ao trabalho realizado. Assim, as parcerias internacionais são formas de conseguirmos apoio e de qualificar e aprofundar o trabalho já desenvolvido.

Vocês estão oferecendo cursos de extensão sobre antropologia forense e direitos humanos, com quais objetivos?  

Estamos oferecendo dois cursos de especialização lato sensu. Um, de “Antropologia Forense e Direitos Humanos”, voltado à qualificação de antropólogos forenses voltados aos trabalhos de identificação humana em casos de violações de direitos humanos. O outro, de “Direitos Humanos e Lutas Sociais”, visa aprofundar a formação de ativistas que se encontram na capilaridade das lutas de direitos humanos ou do trabalho social no serviço público. Em ambos os casos, trata-se de relacionar as pesquisas produzidas no próprio CAAF a processos de formação profissional e cidadã.

Há uma grande procura por esses cursos? Você acredita que o contexto político adverso tem justamente incentivado a formação de novas lideranças?

Esta é uma pergunta interessante. Nas últimas duas décadas observamos uma transformação global nos modos da ação política. O modelo do representante, da instituição portadora do programa político e do estabelecimento de determinados sujeitos políticos entrou em crise, deixou de ser um formato hegemônico. Surgem novas formas, mais autônomas e horizontais, cujo suporte é justamente a produção de saberes específicos oriundos das experimentações cotidianas. Pode-se dizer que é na temática dos direitos humanos a esfera em que mais proliferaram organizações políticas (coletivos) e movimentos sob essas novas estratégias e arquiteturas políticas. Contudo, a capilaridade das lutas em direitos humanos se encontram em constante conexão com os modelos tradicionais, assim como se relacionam diretamente com as políticas públicas, estatais ou não (terceiro setor). Assim, há uma grande demanda pelos conhecimentos acadêmicos, espaço clássico das análises e pesquisas que implicam em políticas públicas e gestão dos direitos e conflitos. É impressionante a quantidade de ativistas e militantes inscritos nos processos seletivos desses cursos. Acreditamos que o CAAF possa colaborar para a efetivação deste necessário encontro entre os saberes locais das lutas sociais e o conhecimento produzido na universidade. Assim, para retomar a questão, acredito que o contexto adverso tem sido a realidade dos territórios extremos onde explodem os conflitos sociais. A violência policial, o precário acesso à Justiça, as péssimas condições dos serviços públicos (educação, saúde, transporte etc) e o descaso dos poderes públicos com as periferias tem sido a história do país. E tendem a se agravar, infelizmente. Penso que as novas lideranças, ou as novas formas de atuação política, surgem mais do acúmulo dos saberes específicos das lutas, possível também devido às melhores condições existentes para realizar as conexões necessárias entre eles e os conhecimentos tradicionais e mais consolidados.

De que forma o projeto do CAAF também participa da crítica à violência policial?

Junto com o trabalho forense de identificação dos desaparecidos políticos, realizamos uma primeira etapa de pesquisa sobre os Crimes de Maio de 2006, quando centenas de homicídios foram cometidos em um período de duas semanas. Através da análise de 60 casos, de mortes ocorridas na Baixada Santista, se pode verificar a dinâmica da violência, em especial a do Estado, como apontam as narrativas e os dados dessa e de outras pesquisas. Assim como se levantou o perfil das vítimas – negros, pobres e periféricos – e os indícios explícitos de execução.

Ambas as pesquisas, a da Vala de Perus dos anos 1970 e a dos Crimes de Maio de 2006, nos permitem identificar estruturas e estratégias violentas que não só permaneceram, mas também se sofisticaram nas últimas décadas. Em ambos os casos acessamos documentos de IML, cemitérios, delegacias de polícia e instituições do judiciário. Transparece pelas análises a lógica estatal de cumplicidade desses vários entes com o processo de violência institucional.

A visão mais ampla da violência de Estado, o que inclui a policial, mas não somente essa, e o contexto atual de ameaças e agressões a defensores de direitos humanos (inclusive com o aumento do número de vítimas fatais), nos levou a iniciar a organização do Observatório da Proteção aos Direitos Humanos. O objetivo é levantar dados, fazer análises e relatórios e produzir instrumentos de proteção para os sujeitos que se encontram nas lutas sociais de defesa dos direitos e contra a violência institucional.

Você acredita que uma das tarefas importantes desse trabalho é fazer frente ao revisionismo histórico que vem sendo apregoado pelo novo governo?

Essa é a tarefa inescapável do CAAF. Temos em nosso laboratório a prova material de que tivemos uma ditadura gravemente violenta. Lá se encontram as ossadas e suas marcas da tortura, do assassinato e do desaparecimento forçado. Mostram que os desaparecidos foram produção de um regime político centralizado, com instituições repressivas militares e hierárquicas. As memórias que a ditadura tentou apagar, a partir do nosso trabalho, emergem com a força dos fatos históricos. É um cenário de contestação do revisionismo e de formulação qualificada dos argumentos de afirmação da história de graves violações de direitos por parte do Estado brasileiro.

Carla Rodrigues é doutora em Filosofia pela PUC-Rio e professora do departamento de Filosofia da UFRJ

 

(54) Comentários

  1. Eu votei em Bolsonaro com esperança em Deus que teremos outra. Esse país era pra ser primeiro mundo, por causa da esrquedalha somos terceiro.

  2. Ah, estes “filósofos” da usp… Estão desesperado com o programa de despetização da universidade. kkkkkk…

  3. A prova suficiente que no regime militar tivemos um terrorismo violento por parte dos terrorista das guerrilhas… Por parte dessa gente, só tivemos um lado, eles nunca contam sobre o outro lado…

  4. Acusações, vitimismos, manipulação de informação. Eu nunca fui abordado pelos militares, não sofri repressão e pessoalmente, não aceitaria o comunismo. Pois minha liberdade (que tão bem tive e vivi no período dos militares) é a minha opção.

  5. Eu gostaria de fazer uma pergunta ao ilustre doutor em filosofia….Se a esquerda …[os comunistas} tivessem conseguido tomar o poder…como seria o Brasil agora? Gabeira que participou como militante da esquerda foi claro em falar que eles não queriam democracia e sim uma ditadura proletariana…assim como Cuba e Venezuela…O Brasil hoje seria uma país democrático?

  6. Tenho 75 anos professor, não tentei implantar um regime proletário e nem lutei contra o regime para implantar outro.
    Nunca senti ou ouvi falar desta propalada brutalidade.
    Você não estaria sendo parcial?

  7. Kkkkkk… claro que militares fizeram a diferença… mil vezes militares do que as porcarias que temos hoje…

  8. Kkkkkk… claro que militares fizeram a diferença… mil vezes militares do que as porcarias que temos hoje… eu vivi este tempo e tenho saudades.

  9. Tenho 75 anos professor, não tentei implantar um regime proletário e nem lutei contra o regime para implantar outro.
    Nunca senti ou ouvi falar desta propalada brutalidade.
    Você não estaria sendo parcial?
    Seria como a verdade da “começão” comissão da verdade?

  10. 99% do que essa sra. diz é mentira, cheguei no Brasil em1974, em Brasilia em 1986, o que vi no Brasil foi respeito pelas pessoas de bem, coisa que não acontecia na ditadura de Oliveira Salazar em Portugal país onde nasci,
    Talvez essa sra. devesse conhecer outras ditaduras, tipo a da URSS, Cuba, Venezuela etc.
    Talvez o foco mudasse.

  11. Tenho comigo que a atual Ditadura de esquerda que vivemos nestes ultimos 16 anos de PT foi mais cruel e covarde. Foi uma Ditadura ideologica, na surdina, que vinha corroendo aos poucos a estrutura de liberdade de pensamento, para se tornar um poder totalitario, ou seja, uma ditadura de esquerda, que é milhões de anos luz mais perniciosa e sanguinária do que qualquer outro tipo de poder totalitário.

  12. Professor. Tenho 63 anos e vivi aquele período. E não tive problemas, muito pelo contrário. Ditadura, como o próprio nome o diz, pressupõe que haja um Ditador. Que eu saiba foi o Congresso que cassou o mandato do presidente da época e elegeu um presidente militar. Por solicitação expressa do povo que saiu às ruas. E os presidentes foram se sucedendo no poder ao final do mandato de cada um. E o poder foi devolvido aos civis sem guerra e nem traumas. Portanto, nada de Ditador, como é o caso da família Castro há não sei quantas décadas no poder em um paiszinho comunista paupérrimo da américa central. Houve sim um poder repressivo contra quem queria instalar aqui uma ditadura comunista, mas eles também eram repressivos e matavam bastante. Ou não? Não me venha com churumelas, com esse discursinho vitimista, como se os que morreram do lado comuna fossem anjinhos. E o lado do povo, que foi quem exigiu que os militares assumissem o poder? Como fica? Houve sim muitas mortes do lado militar e civil também, vítimas dos comunas. Ninguem quer reescrever os fatos coisa nenhuma. A história é uma só e será contada assim pelos sécula seculorum. Quer vocês queiram ou não. Uma recomendação. Vá trabalhar e produzir, que é isso que o país precisa. Ficar olhando pra trás só provoca atraso e ódio. Mas parece que vocês só sabem fazer isso, não é? Pena

  13. Sou nascido em 1958 e mesmo sendo criança em 64 já não era tão criança quando Médici governou. Conheci pessoas atingidas pela repressão e também vi de perto, sem depender de imprensa, as consequências das ações urbanas dos guerrilheiros. Se um fedia, o outro também não cheirava bem. Não tenho saudades da censura mas tenho saudades da seriedade da coisa pública, Num país onde somente a metade sabia ler chegou-se ao final do regime com números bem melhores. A dívida pública ao final do regime podia ser liquidada com a venda de menos da metade das estatais, hoje nem vendendo tudo o que restou dá conta. Acho bom uma pessoa poder falar do seu pensamento sem medo mas detesto o politicamente correto que desqualifica quem pensa diferente, se comunismo fosse sinônimo de liberdade o Muro de Berlim não teria sido construido. Violência gera violência em qualquer parte do mundo, não existem santos nesse contexto.

  14. Violenta ??? É a mesma conversinha de sempre, contra os guerrilheiros comunistas queria o que? Igual agora, devemos deixar os bandidos assaltarem e matarem à vontade pois são vitimas da sociedade. Cada um escolhe seu caminho e tem que arcar com as consequências. Os militares não fizeram nada pior que os guerrilheiros, ou melhor fizeram muito menos maldade.

  15. Quase tivemos: uma ditadura do proletariado, mas o regime militar impediu. E fez isso através de uma verdadeira “dita mole”, porque no final das contas serviu de porta de entrada para que a infiltração maligna ocorresse pelo método gramscista, transmudando, posteriormente, para uma descarada “revolução bolivariana” que quase destruiu esse País, mas foi novamente foi barrada em tempo hábil. Não podemos dizer que “Deus é brasileiro”, mas o fato é que Ele tem protegido o povo brasileiro dos seus verdadeiros inimigos, que estão sempre disfarçados de “vítimas”.

  16. Parabéns pelo belo trabalho de pesquisa. Sou historiador e estudioso do tema. Gostaria de mais referencia bibliográfica.

  17. E a pesquisa e divulgação dos militares e civis que foram mortos nos ataques dos terroristas contra o governo da época. Vocês vão divulgar também???

  18. Elvira Cupelo Colônio com 16 anos, foi morta por ordem direta de Julio Carlos Prestes foi acusado por seu grupo de traíra . Morreram pessoas de ambos os lados. “O Estado Brasileiro não sabia com qual inimigo estaria lutando” do livro “a Verdade sufocada”,

  19. Quando é que vamos parar de olhar para atrás com essas narrativas desgastadas e começar a olhar para o futuro? Não me espantou o fato de ser mais um FFLCH (fêfêléte) a distorcer os fatos, mostrar o ódio revanchista de quem perdeu e por a vingança em prática. Violência sempre é a estatal e policial, jamais se fala da violência dos humanos nada direitos, mas a quem diga – uma auto exilada que foi acompanhar o marido num curso na Europa – que tem uma lógica na violência praticada por humanos nada direitos. São por essas narrativas de perdedores que a universidade pública brasileira deve ser privatizada.

  20. Absolutamente verdade J.Costa, a imprensa insiste em pintar de vitimas muitas destas pessoas o que é ridículo, teve sim abusos e mortes desnecessárias sim, mas esta longe da maioria que sofreu algum tipo de violência serem santos, muito pelo contrário está na hora da imprensa criar vergonha na cara e dizer a verdade, hoje quem não procura varias fontes para se informar, sempre terá o risco de ser manipulado com matérias assim, pois o que importa para grande maioria da imprensa tanto de um lado como do outro é sua ideologia, sua preferência partidária, e não desempenhar seu verdadeiro papel no qual é informar as pessoas com a verdade independente se o agrada ou não, é realmente decepcionante…

  21. Impressionante como tanta gente se alimenta de um período tão curto e as custas do Estado.
    Vergonhoso dizer que o fato da família do referido sujeito ganhou um processo na justiça, somado aos seus estudos, lhe habilita a fazer um excelente trabalho.
    Regra básica: nunca somos bons juízes de nós próprios.
    Nesse caso a prova do interesse que contamina a isenção.
    E isso não significa não valorizar cada vida humana.
    Significa valorizar a compreensão mais ampla da história.
    O fato mais contundente é que vocês desvalorizam o ambiente acadêmico.
    A se considerar o comportamento de dois sujeitos, o entrevistado e o entrevistador se referenciando em títulos para fortalecer ideias questionáveis, nos faz repensar o valor das graduações e pós graduações nas áreas de humanas no Brasil.

  22. Vejo a importância deste trabalho antropológico, para que seja de alguma forma a prevenção que não venha se repetir em nosso País outra ditadura militar, até porque não cabe mais no nosso País essa forma de governar e aqueles que lutaram pela democracia não fiquem perdidos na história do nosso País,. Vale lembrar que o comunismo já vinha aos poucos se instalando sorrateiro e as poucos estavam percebendo o caminho inverso que o Brasil estava tomando, temos que lutar pela democracia com unhas e dentes…

  23. Pela sua ótica se vc atirar primeiro no cara que ia te natar vc passa de vitima a assassino? Acorda “fio” no filme que vc quer contar o heroi tem que ser o bandido. Eu vivi a época e tomei cerveja ao lado do Zé Dirceu na Maria Antonia onde ficava sua faculdade e a de sociologia, estudei no Mackenzie na época conheci o FHC e quebramos muito pau com os comunistas da USP, sei o que eram e o que queriam, vcs eram todos comunistas adoradores de Guevara e qyeriam fazer do Brasil uma nova Cuba, VAR PALMARES, COLINA, POLOPI, vcs nunca feriram ninguem só uns 180. Acorda cara, o wue te contaram foi tudo bem diferente. Não adianta mentir mais vcs perderam NÉ.

  24. Foi o melhor período que o Brasil já teve. Queriam transformar o Brasil em comunista e deram mal, só foi isso que aconteceu. Vejam o Chile hoje, após Pinochet.

  25. É triste que ainda existam pessoas tentando apagar essa pagina da história brasileira. Hoje mais do que nunca é importante lembrarmos do que foi esse período sangrento e brutal do nosso país. Parabéns pelo trabalho.

  26. Estamos a 30 anos tentando mudar a história falando em ditadura quando na verdade foi um movimento contra a ditadura do proletariado, modelo cubano , que queriam implantar no Brasil . Uma Venezuela, um regime Chavista-Maduro como queriam fazer agora novamente . Na época o exército , a pedido do povo , entrou em ação e impediu . Nesse confronto ocorreram embates mas nada como no Chile . Lá sim foi uma ditadura mais firme .

  27. O autor do artigo nascido em 1968 tem fontes de informações não vividas, mais um manipulado nas escolas de filosofia, inidôneo o artigo.

  28. E continua. População pobre, sem escola, sem saúde, sem renda. Sessenta mil assassinatos por ano. Violência sem ideologia de esquerda ou direita. Sem disputa pelo poder. É violência que brota da miséria. Há quinhentos anos.

  29. Parabéns pelo trabalho, poucos teria a sua coragem. Eu gostaria muito que fosse encontrado algum pedacinho de Alexandre Vannuchi Leme, que foi “desaparecido nos anos 70 e que era meu amigo de infância. Sua mãe não teve sequer o direito de enterrar seu filho nunca encontrado. Continuem, por favor.

  30. Passando aqui para deixar minhas felicitações pelo aniversário do melhor presidente de toda a história do Brasil.

    Feliz 64 Jair Bolsonaro!

  31. Eu nunca fui perseguido durante a ditadura militar. Vivi bons tempos. ,Trabalhava e estudava. Nunca incomodei ninguém, por isso nunca fui incomodado. Viva a Ditadura!!!

  32. Texto interessante e historicamente com defasamento. Seria mais aprofundado a colocação de como o Partido dos Trabalhadores instalou uma recente Ditadura (vide também as mortes de petistas que não concordaram com o esquema de propina, das mortes nos hospitais e aumento da violência social e crescente desemprego) travestida por propagandas.

  33. Impressionante como a USP se tornou o centro dessa politização esquerdopata, “pata”sim, porque já beira uma doença isso. É tanto desserviço

  34. Impressionante como a principal Instituição de ensino do Brasil, se deixou depreciar por essa esquerdopatia doente. Acabaram com a USP. Há 20 anos a USP estava entre as 100 melhores instituições de ensino superior do Mundo, hoje não aparece entre as 500. Falta de investimentos ?? de maneira nenhuma, tem dineheiro sobrando e seus professores estão entre os mais bem pagos do país. O que acontece é que simplesmente não produzem nada de útil. A banda esquerda podre que hoje domina a USP, só produz esse tipo de trabalho… idiotizado, politizado, sem nada de útil. Os “filósofos” da USP e a cátedra de humanas, acabaram com a Universidade, jogaram a credibilidade da USP no Lixo. USP hoje só tem mesmo credibilidade junto às instituições de ensino com o mesmo viés de esquerda doente, governos de mesmo nível, e imprensa de mesmo nível como do Grupo Abril. Triste ver uma instituição como a USP afundar na lama dessa turma.

  35. A represão foi violenta na mesma proporção da guerrilha, Dilma, Mariguella, Lula, Jose Serra, FHC e milhares de terroristas associados queriam transformar a nação numa Cuba Continental. As Gloriosas Forças Armadas responderam na mesma proporção e estou escrevendo este comentário porque foram derrotados, Façam a pesquisa da violencia no Araguaia promovida pelos bandoleiros a gente ordeira e simples. Com a aLei da Anistia, tomaram a nação de assalto sem dar um tiro. Comentem sobre a morte de Mario Koel Filho, sequestro do embaixador americano, assalto ao cofre do Adhemar de Barros com a participação da Dilma.

  36. Oportuníssima a matéria. De fato, testemunhamos um governo autoritário e revisionista. Como bem assevera o texto, as graves violações de direitos ocorridas na ditadura devem ser objeto de permanente denúncia. Intolerável a apologia criminosa do atual presidente em favor do regime militar implantado em 1964.

  37. Para vagabundo comunista pode até ser, mais como explicam Lula, Dilma, FHC, Caetano, Gilberto, Chico Buarque entre outros ….permanecerem vivos ????? Então essa história ta mal contata ou a mídia de hoje ainda é conveniente sobre os absurdos que a guerrilha planejava…..

  38. AINDA HA SERES , QUE AINDA POR INFLUENCIA MIDIATICA , JURAM QUE ESSE PERIODO MACABRO E TENEBROSO, JAMAIS EXISTIU. IGNORANCIA PURA. SO QUEM JA ESTEVE NAS MAOS DAQUELES ASSASSINOS E QUE SABE O QUE FOI AQUELE PERIODO. EU MESMO TENHO PROVAS ATE HOJE COMIGO QUE AQUELE FOI O PERIODO MAIS VERGONHOSO E DESUMANO ONDE O EXERCITO DO PAIS ASSASSINAVA SEU PROPRIO POVO. A PERGUNTA E O SEGUINTE POR QUE ??????

  39. Matéria interessante, porem tendenciosa. Gostaria que ouvissem o outro lado para podermos fazer um parâmetro. Outro ponto, mortes na baixada, culpa da polícia??? culpa do estado que não faz seu papel??? Policiais mortos?? culpa de quem???
    Precisamos de jornalistas isentos….

  40. Terrorismo de Estado, isso existiu e quem teve coragem de se erguer contra isso, porque era preciso sim muita coragem, era tido como herói. Fácil é se esconder em casa e apoiar quem tem o poder e as armas fingindo que está tudo bem.

  41. Mostre também, os boletins de ocorrências feitos após os atentados à bomba realizados pelos terroristas, fala aí dos assaltos à bancos e sequestros.

  42. Temos opções, ficar choramingando o passado ou pensar num país para o futuro, sem discriminação, populismo e excesso de idealismo. Do jeito que se comportam os historiadores, nos remete a síndrome do ex-depressivo, só relembrado dos períodos difíceis e aguardando a recaída.

  43. Ora, não apoio ditaduras, mas se os militares não tivessem interferido o Brasil hoje seria uma ditadura comunista, com não só violência física contra os brasileiros mas também violência psicológica, fome e mortes, e supressão da liberdade individual, como aconteceu na Russia, Cuba e mais recentemente na Venezuela.
    Como disse não sou a favor de regimes ditatoriais mas prefiro a democracia, embora frágil em que vivemos, do que ditaduras. As ditaduras se iniciam com o apoio do povo sofrido, como aconteceu na Russia, mas também acontecem pela ingenuidade do povo como aconteceu na Venezuela e Cuba, e estava acontecendo no Brasil.

  44. Não houve ditadura e sim uma guerra contra comunistas para defender nossa liberdade. Numa guerra pessoas morrem lamentavelmente, pena pra quem escolheu o lado dos vermelhinhos.

  45. parei de ler quando cheguei” , mestre em filosofia da USP.” o maior local para se ter comunista no mundo depois da CCCP é a USP…

  46. Em mais esse triste momento histórico em que vivemos, em que a ignorância elegeu representantes públicos declaradamente comprometidos com o lado MAU da força, saber de trabalhos como esse que acontecem apesar de todas as dificuldades impostas, nos dá alento e esperanças de que o lado BOM da força ganhe em momento próximo. Gratidão.

  47. Sou prova, da violência sofrida pelos presos políticos. Fui prisioneira na década de 70 . Temos que colocar a verdade na história.

  48. Excelente entrevista. Neste momento de obscurantismo é reconfortante saber de um trabalho q elucidara uma parte da história recente do Brasil. E esperemos q seja um rumo para as futuras gerações. Os fatos históricos qdo elaborados e verdadeiros podem ser formadores de gerações mais justas e igualitárias.

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