dossiê Já raiou a liberdade? | Apresentação

dossiê Já raiou a liberdade? | Apresentação
Detalhes da tela “Independência ou morte” (1888), de Pedro Américo (Reprodução/Domínio público)
  Efemérides de um tempo para se esquecer Nas últimas cinco décadas, temos vivido e aprendido com os modos com que diversos países celebram, comemoram, festejam acontecimentos ditos “históricos” que impactaram e ainda impactam as sociedades por sua qualidade de fatos “memoráveis”. Essas efemérides todas remetem ao surgimento dos modernos Estados-nação a partir da queda do Antigo Regime e do desmantelamento dos laços de submissão colonial. De todas elas, o caso modelar, divisor de águas, que tem servido de paradigma para se pensar e pesquisar temas afeitos à história e à memória é o da Revolução Francesa, cujo bicentenário foi em 1989. Esse tipo de celebração, em geral laica, cívica e patriótica, foi inventada no século 19 junto com as nações modernas, mas foi muito aprimorada ao longo do século 20. Lembremos o espalhafato do primeiro centenário da Independência do Brasil, apropriado pelo Estado como carro-chefe do programa de governo de Epitácio Pessoa. Entre outros empreendimentos, esse presidente trouxe para o Brasil a edição daquele ano de 1922 das grandes exposições universais – as “Expo” –, cuja inauguração aconteceu em Londres em 1851. Muito então se gastou e, como de praxe, pouco se preservou daquele imenso investimento. No ano 2000 vivemos, no Brasil, as efemérides do quinto centenário da invasão e conquista portuguesa na América, batizada de “descobrimento”, e o governo de Fernando Henrique Cardoso também tentou se beneficiar politicamente do evento, que teve repercussão bombástica. O nau

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