Dossiê | Nervos de aço
A ansiedade e suas formas na contemporaneidade constituem o tema do dossiê da revista CULT deste mês.
O filósofo inglês Alain de Botton desenvolve seu conceito de “ansiedade do status” que, afirma, atinge a sociedade como um todo, mas especialmente as economias emergentes. Não é casual que tenha acabado de ser relançado no Brasil, cuja sociedade vem enriquecendo rapidamente, um título de revista que fez sucesso durante o “milagre” econômico nos anos 70: Status.
Já o americano Nicholas Carr explica em seu novo livro – No Raso, previsto para sair no Brasil no segundo semestre – como as redes sociais estão criando uma nova forma de ansiedade, e o músico Lobão diz como é conviver com ela ao longo da vida.
O crítico Harold Bloom, que destacou ao longo de sua carreira o papel central da ansiedade para se compreender a criação literária, também está publicando novo livro – Anatomia da Influência –, no qual repassa sua formação intelectual. O tema e sua incidência na filosofia também são tratados no dossiê, em particular entre os pensadores existencialistas.
Por fim, um dos mais enigmáticos e premonitórios poemas da língua inglesa em todo o século 20 acaba de ganhar edição definitiva – “A Era da Ansiedade”, de W. H. Auden. Alan Jacobs, o organizador do livro, fala à CULT sobre a importância desse poema para entender o mundo em que vivemos hoje.