Complexo de Roberto Carlos

Complexo de Roberto Carlos

Marcia Tiburi

“Eu quero ter um milhão de amigos” é o famoso verso da linda canção “Eu Quero Apenas”, de Roberto Carlos. Adaptado aos nossos tempos, o verso representa o anseio que está na base do atual sucesso das redes sociais. Desde que Orkut, Facebook, MySpace, Twitter, LinkedIn e outros estão entre nós, precisamos mais do que nunca ficar atentos ao sentido das nossas relações. Sentido que é alterado pelos meios a partir dos quais são promovidas essas mesmas relações.

O fato é que as redes brincam com a promessa que estava contida na música do Rei apenas como metáfora. O que a canção põe em cena é da ordem do desejo cuja característica é ser oceânico e inespecífico. Desejar é desejar tudo, é mais que querer, é o querer do querer. Mas quem participa de uma rede social ultrapassa o limite do desejo e entra na esfera da potencialidade de uma realização que vem tornar problemática a relação entre real e imaginário. Se a música enuncia que “eu quero ter um milhão de amigos”, ela antecipa na ala do desejo o que nas redes sociais é seu cumprimento fetichista. E o que é o fetichismo senão a realização falsa de uma fantasia por meio de sua encenação sem que se esteja a fazer ficção? Torna-se urgente compreender as redes sociais quando uma nova subjetividade define um novo modo de vida caracterizado pelo que chamaremos aqui de complexo de Roberto Carlos.

Tal complexo se caracteriza pelo desejo de ter um milhão de amigos no qual não está contido o desejo de ter um amigo verdadeiro, muito menos único. A impossibilidade de realização desse desejo é até mesmo física. Não seria sustentável para o frágil corpo humano enfrentar “um milhão” de contatos reais. Na base do complexo de Roberto Carlos está a necessidade de sobrevivência que fez com que pessoas tenham se reunido em classes sociais, famílias, igrejas, partidos, grêmios, clubes e sua forma não regulamentada que são as “panelas”. Um milhão de amigos, portanto, ou é metáfora de canção ou é fantasmagoria que só cabe no infinito espaço virtual que cremos operar com a ponta de nossos dedos como um Deus que cria o mundo do fundo obscuro de sua solidão. Complexo de Roberto Carlos, de Rei, ou de Deus…

Questão fantasmagórica

A questão é da ordem do imaginário e de sua eficiente colonização. Não haveria o que criticar nesse desejo de conexão se ele não servisse de trunfo exploratório sobre as massas. Refiro-me às empresas de comunicação digital que usam o desejo humano de conexão e comunicação como isca para conquistar adeptos. Amizade é o nome dessa isca. Mas o que realmente está sendo vendido nessas redes se a amizade for mais que isso? Certamente não é a promessa de amizade, mas a amizade como gozo: a ilusão de um desejo realizado. E quando um desejo se realiza? Apenas quando ele dá lugar à aniquilação daquilo que o impulsionava.

Logo, o paradoxo a ser enfrentado nas redes sociais é que a maior quantidade de amigos é equivalente a amizade nenhuma. A amizade é como o amor, que só se sustenta na promessa de que será possível amar. Por isso, quando se sonha com o amor, ele sempre é desejo de futuro, no extremo, de uma eternidade do amor. O mesmo se dá com a amizade. Um amigo só é amigo se for para sempre. Mas quem é capaz de sustentar uma amizade hoje quando se pode ser amigo de todos e qualquer um?

De todas as redes sociais, duas delas, Orkut e Facebook, usam a curiosa terminologia “amigo” para nomear seus participantes. Certamente o uso da palavra não garante a realidade do fato, antes banaliza o significado do que poderia ser amizade, como mostra o recente filme A Rede Social (The Social Network, 2010), dirigido por David Fincher. O filme não é apenas um retrato de Mark Zuckerberg, o jovem e bilionário criador do Facebook, mas uma peça que pode nos fazer pensar sobre o sentido que nosso tempo digital dá à amizade.

Mark Zuckerberg, como personagem do filme, é o sujeito excluído de um clube. Dominado pelo básico desejo humano de “fazer parte”, ele decide criar seu próprio clube. No filme, ele consegue ter milhares de “conectados” – na realidade o Facebook hoje conecta 500 milhões de pessoas ou “amigos” – e perder seu único amigo verdadeiro, Eduardo Saresin. A amizade é a básica e absoluta forma da relação ética, aprendida como função fraterna no laboratório familiar e na escola; ela é uma qualidade de relação. Tratá-la como quantidade é a autodenúncia de seu fetiche e de sua transformação em mercadoria. O valor do filme está em mostrar a inversão diante da qual não há mais nenhuma chance de ética: um amigo não vale nada perto de milhões, como uma moedinha que perde seu valor diante de um cofre cheio. Amigos transformados em números não são amigos em lugar nenhum, nem na metáfora de Roberto Carlos, que serve aqui para denunciar criticamente o mundo do qual somos responsáveis junto com Mark Zuckerberg.

(18) Comentários

  1. O artigo ficou muito bom, Márcia, mas acho que chegou um pouco tarde demais. O milhão é obviamente uma metáfora, até na música de Roberto Carlos. E a sede de ter uma quantidade astronômica de amigos em uma rede social nunca foi para manter contato com todos eles ou pra preencher um vazio sentimental de relações humanas, mas apenas porque a quantidade, nos primórdios das redes sociais, significava status. Quem “conhecia” mais pessoas era considerado de alta hierarquia cyber-social. Hoje, essa sede (e esse reconhecimento) está encontrando seu perigeu, mas ainda existe.

    Como eu disse, um pouco tarde. Mas não deixa de perder sua validade.

  2. Perfeita a colocação do texto.
    A sedução por relacionamentos simplificados pela virtualidade ludibria a sensação de derrota que paira sobre as relações de carne e osso.
    É a opção feita por milhares de humanos – mesmo que lá no fundo – saiba que o despertador pode tocar a qualquer momento.

  3. Depois de lerem este comentário, urge não me visitarem no Face.

    Eu queria reescrever todo o seu texto, Marcia Tiburi, toda a sua vida, sem mudar sequer uma vírgula, claro, e jamais precisar tomar a pílula = Matrix.

    “Tal complexo se caracteriza pelo desejo de ter um milhão de amigos no qual não está contido o desejo de ter um amigo verdadeiro, muito menos único. A impossibilidade de realização desse desejo é até mesmo física. Não seria sustentável para o frágil corpo humano enfrentar “um milhão” de contatos reais.”
    Esta afirmação aparente de fraqueza, em fundamento e essência, é muito pelo contrário, é a real afirmação de poder; o poder que todos SER HUMANO possui a priori. E, evidentemente, por causas pessoais, já ao nascer – ou talvez ainda dentro do útero – vai perdendo, e é impossível crer que alguém posso perdê-lo totalmente.
    Também todo discurso, ou estudo a respeito, a diminuição ou aumento desse poder humano, facilmente se confunde com a tal execrável ‘questão de gosto’.

    “Um milhão de amigos, portanto, ou é metáfora de canção ou é fantasmagoria que só cabe no infinito espaço virtual que cremos operar com a ponta de nossos dedos como um Deus que cria o mundo do fundo obscuro de sua solidão.”
    O senhor Facebook pode então ser considerado o verdadeiro herói, aquele que escapa de tudo e todas as tentativas de torná-lo mártir ou mátri, por ter encontrado um formidável fórmula para a solidão tão contemporânea.

    Uma pequena verificação basta para ver que as salas de bate papo e o orkut, até mesmo o mensenger, foram tentativas frustradas, porque não acampavam espíritos mais positivos da civilização, aqueles que se limitam à esfera do particularidade e não possuem uma idéia formada de individualidade. Embora esses instrumentos de relação pessoal, se tornaram por demais apenas formalidade de passatempo. É óbvio que os planos da Internet é muito superior!
    Superior também ao processo biológico dos animais para se formarem em “panelinhas”, rs, em grupos; instinto bem defendido por Darwin.

    O Humano é o ‘bicho’ que tem por obrigação transcender à natureza. De acordo com o conceito de transcendência – um poder individual e inviolável por outrém, ou coletivo e violável pelo portador – porém transcender não significa superioridade para destruir, aniquilar, desfazer, de nenhuma forma a natureza, ou mesmo seu semelhante.
    Dito isso, Marcia, por “linhas tortas”, voce é mais que meus quinhentos milhões de amigos.

  4. Todo o advento humano possui as duas faces, o Face é só mais um, os imensos tanques de guerra em tempo de guerra fria, pela imposição do mercado, transformaram-se em tratores agrícolas, e experiências de armas químicas, nos, não menos perigosos, agrotóxicos, aviões que saltam bombas, hoje levam milhares de pessoas de praticamente todas as classes ao encontro dos seus entes queridos, visintando-os nos seus destinos migratórios, as palavras (nas mensagens e bate-papos dessas redes) são portadoras de encantamento ou desencanto e são capazes sim de ativar ou inibir, ou mesmo iludir a construção de amizade ou amor, mas isso também no “face à face”, como também o foi no período das cartas românticas dos tempos remotos, sedução remota, mais uma forma de fazer chegar nosso EU ao OUTRO “equipamentos” esses sim,tão desconhecidos e merecedores de toda a reflexão e atenção, um bisturi pode salvar vidas, sendo uma arma das mais contundentes, que os cérebros saudáveis e solidários estejam sempre no controle…

  5. MULTIPLICAI-VOS, este é o lema, tão claro quanto obscuro; segundo a matemática, não importa os meios, o resultado é sempre o mesmo.
    E o Mercado, que tomou o lugar de Deus, antes da multiplicação, só quer saber da adição. Assim como Deus é para todos, o mercado também. Quem dera houvesse Deus e Mercado menos contraditório.

  6. Por acaso isso quer dizer, nos ‘ pés na bunda ‘ que levei de pessoas reais que se envolveram com as redes sociais, que virei um simples pintinho num enorme galinheiro? E isso pode dizer que num galinheiro, de forma real, um pintinho não chega a ser galo? Será que andar de bicicleta com um amigo ou nadar pelado na lagoa com uma namorada, ainda são boas formas de estabelecer relações verdadeiras? Se eu transformar meus perfis nas redes em uma loja, como faço uma pesquisa de mercado pra saber o preço médio de venda de um sorriso? Todas essas interrogações são apenas a prova de que aqui e agora não tenho alguém para encher das minhas respostas?
    Pronto, preenchi um pouco do meu tempo real num batepapo irreal. Agora vou caminhar um pouco. Beijo Marcia, tchau pessoal!l

  7. Não aguento mais ouvir “questões fantasmagóricas”, será que vocês não podem mudar o discurso? Parece que ninguém tem novas referências, em todo texto tem que se falar em real, imaginário e fantasmagoria. As referências lacanianas se tornaram pedantes e repetitivas!

  8. O texto deturpa a ideia da música de Roberto (e Erasmo), que fala de um mundo utópico completamente em paz. Claramente se percebe que a autora partiu um título presumidamente chamativo para construir sua argumentação. Em relação à psicanálise, o complexo não seria de Roberto Carlos, e sim de Mark Zuckerberg. Resultado: forçação de barra.

  9. Uhuhhhh! Todo debate é válido até o ponto onde o princípio é mantido.
    Embora o fim seja tão “fantasmagórico” quanto as “paranóias” do protagonistas do filme O Ovo da Serpente. Meu conselho não é de graça, não pretendo jamais ser engraçado. Prestem atenção nas pessoas que além de nomes e títulos e famas são virtuoses! Contra eles só podem o terrorismo oficial, ou o Tempo do pai/ciência.

    Marcia, não consegui comentar em seu Pink Punk, e novamente não salvei meu texto, tinha postado aqui, rs, mas a internet caiu. Nele sugeri que escrevesse um livrinho de bolso, bem baratinho, para as pessoas comprarem muitos além de um, cujo título poderia ser Complexo de Rei.

    Descobri que minhas idéias doem, vou desaparecer até descobrir uma maneira “oficial” para distribui-las feito vacina, novela e shows, etc., “de graça”.

  10. Belo Horizonte, 25 de fevereiro de 2011

    Prezada Senhora Márcia Tiburi,
    Escrevo-lhe como forma de resposta a sua matéria publicada na revista “Cult”, número 154. Em que a senhora veio manifestar a opinião referente às redes sociais e a sociedade contemporânea, tomando como referência uma citação retirada da música do Roberto Carlos.
    Como graduando em Comunicação Social, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. E como estudioso/pesquisador da cibercultura, não poderia deixar compartilhar a minha visão sobre a matéria e a minha opinião sobre este assunto ainda tão delicado e pouco pesquisado em nossa sociedade. Portanto, adianto que houve alguns erros, perigosos, sobre o que foi escrito pela sua pessoa. Ressalto que respeito a sua visão e formação, mas que não posso compactuar com o que foi passado ao publico.
    Vejamos: o texto tem uma idéia muito ultrapassada sobre a sociedade e os meios/mídia, coisa da “época de vovó” quando se acreditava que as novas técnicas (no contexto daquela era), como telefone, rádio e televisão iam acabar com o convívio entre pessoas e a tão glorificada “relação face a face”. E essa arcaica ideia vem se repetindo com a nova técnica que surgiu nos anos 80. A internet vem sofrendo os mesmo julgamentos que seus antecessores, paradoxalmente o erro vem se repetindo. Pessoas tradicionalistas afirmam que os sujeitos estão se distanciando, esfriando as suas relações e tornando-se mais singulares. O que é errado, o que está acontecendo é exatamente o contrario – não há como consolidar que uma pessoa, por mais contatos e atividades “virtuais” esteja fora do tão aclamado mundo real, principalmente que; em uma sociedade mediada pelas tecnologias não há mais tão claras distinções de tempo e espaço – real ou virtual, ou seja, é uma questão de pantopia (inclusive suas memórias e relações). Nota-se que cada vez mais os mundos (reais e virtuais) então se entrelaçando, como um grande caldeirão borbulhante, e um não é a negação do outro; na verdade eles são complementares e somam uma atitude muito positiva na vida dos sujeitos.
    Em seu texto, a senhora, destaca a subjetividade contida nas redes sociais, e o reflexo que ela causa nas pessoas. Tenho que concordar, mas afirmo que TUDO é capaz de subjetivar o ser. Assim como afirmou Heráclito, em sua corrente filosófica: “Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois ele já não será o mesmo, nem você”. E é exatamente isso, todos estão em processo de mudança constante, e essas mudanças nada mais são que processo de subjetivação, seja por qual meio for. E as redes sociais, e suas variáveis, não estariam fora desse processo. Agora, cabe analisamos (socialmente e antropologicamente) esta questão; mas de antemão creio que não é um processo tão negativo como o apontado no texto assinado pela senhora.
    Muito me assusta quando afirma que não somos capazes de cultivarmos amizades pela internet, sendo que existem ferramentas potencializadoras para que se tenha um convívio saudável na cibernética, indiferente da quantidade de contato. Diariamente convivemos com inúmeras pessoas e criamos um relacionamento seja íntimo ao ponto de se trocar confidências, ou não. É possível sim uma relação de confiança e intimidade mediada pela internet (exemplo pessoal: tenho um AMIGO de anos que nunca tivemos contato físico). Os conflitos e acasos acontecem em qualquer esfera, não é o tipo de mediação que interfere na saúde do relacionamento. O problema encontra-se em cada ser humano, assim como seus vícios e virtudes, independente do ciclo. Reafirmo, as problemáticas das relações são oriundas do próprio homem e sua cultura primata. Então como afirmar que um amigo verdadeiro é aquele que se têm contatos no patamar da realidade e não do virtual, em rede. Afinal, podemos ser verdadeiros ou não! Mesmo em relações face a face posso não ser fiel ao outro, assim como posso ser fiel em relações homem x máquina x homem. O problema não é única e exclusivamente da rede, nota-se que vivemos em redes desde os mais primitivos tipos de civilizações. Assim como afirmar em seu texto: “[…] está na necessidade de sobrevivência que fez com que pessoas tenham se reunidos em classes sociais, família, igrejas, partidos, grêmios, clubes e suas formas não regulamentadas que são as ‘panelas’.”, agora me diga: nesses convívios não imaginários as relações foram extremantes reais? Houveram, realmente, um grau tão relevante de cumplicidade nessas turbas para podermos afirmar que nas interações em rede não é um lugar tão seguro assim?
    Em suma, o valor de uma amizade não pode ser dado pelo meio que ela é vivida. O fomento da realidade esta exclusivamente em relação que o outro está para o outro. Somos sujeitos de relacionamentos fugazes e o aprofundamento dessas relações são uma culminância de interesses, afinidade e identificações. Isso passa longe de uma questão fantasmagórica, pois a quantidade de relacionamento é sim proporcionalmente o número de amizades em suas devidas proporções (interesses, afinidade e identificações). Tornando tudo uma questão empírica, as amizades são, e sempre foram, uma questão mercadológica; “A amizade é a base e absoluta forma de relação ética, aprendida como função fraterna no laboratório familiar e na escola; ela é a autodenúncia de seu fetiche e de suas transformações em mercadoria” (uso suas palavras). Nenhum ser humano é capaz de manter uma amizade se não houver interesses (em seu sentido mais lúdico) na relação.
    Deixo aqui um pouco da minha opinião, espero que seja de usufruto para todos.
    Sem mais para o momento, agradeço a leitura.

    Saudações, Guilherme Cedro

  11. Todavia as redes sociais contemporaneas vem sendo como um imã que atrai e forja amizades e compras desnecessarias,alimentando-nos de ilusões, dando uma falsa imagem que temos algo que não temos simplesmente pelo fato de ser virtual.

  12. Neide Neris
    Que matéria rica em informação .Cada idéia preenche um ser com novas ideias.Preenche um ideal amizade e tudo nós ajuda a triunfa TUDO.

  13. O texto está muito bem escrito, mas e daí ??? A vida, os relacionamentos, tudo é dinâmico e não estático, tudo muda….A geração de hoje é do Ipad, eu fui da geração walkman. Eu fazia amigos além das fronteiras da minha cidade achando essas pessoas em seções de novos amigos de revistas, gente que eu não conhecia e para chegar uma foto demorava meses. É tudo a mesma coisa apenas com roupagem nova, com tecnologia, apenas algumas pessoas, principalmente quem tem mais que 35 anos tem MUITA dificuldade de aceitar e assimilar. Faço minhas as palavras de Joaõzinho Trinta “quem gosta de pobreza é intelectual” que hoje seria mais adequada sendo “quem não gosta de tecnologia é intelectual”.

  14. Texto instigante por elaborar uma leitura pertinente da realidade vigente no mundo midiático eletrônico, originalíssimo. A senhora Márcia Tibúri como filósofa consciente que é, faz exames das realidades da condição humana sempre com uma capacidade analítica bem acima da média existente por aí… acompanho com apaixonada excitação intelectual os trabalhos da Márcia publicados na revista Cult, textos que me ajudam a ampliar meu universo percepcional.

  15. Olhem só! Tem até cartinha aqui nos comentários (nós, mineiros, somos ótimos mesmo!Né? uai!) Senhor Guilherme, amizade é tudo mesmo né? Em sua rede seja ela facebook ou orkut,você citou que tem um AMIGO com quem travou forte amizade. Só um? Onde estão os outros? Discordo que o texto tenha uma ideia do “tempo da vovó”. Aliás, desse “tempo” só tem nosso querido Rei. Ao transcrever um aforismo precisamos tomar muito cuidado porque senão soa um tanto divergente e faz com que os falecidos, no caso Heráclito, tenha chacoalhado os esqueletos de tanta perturbação (risos).
    Carla, discordo de ti gata. Duvido muito que os intelectuais não saibam otimizar o uso da tecnologia. Nossa, eu acho que eu fui da “era LP” (disco de vinil). Enfim, espero que você tenha conseguido sair da “era walkman” e tenha chegado na “era MP3” porque quem quiser seguir o modismo e chegar na “era dos tablet’s” terá que desembolsar uma graninha “preta”. Desejo-lhe um iPad!
    Beijo pra quem é de beijo!

  16. O texto Complexo de Roberto Carlos, publicado em 07 de fevereiro de 2011 na revista Cult, escrito por Marcia Tiburi aborda o assunto “A amizade e o fundamento subjetivo das redes sociais.
    A autora no texto comenta sobre a possibilidade da concretização do desejo de ter 1 milhão de amigos, expressado na música de Roberto Carlos “Eu quero apenas”, no verso “Eu quero ter 1 milhão de amigos” .

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