Ensaio – Guerra cultural
A reorganização do mapa geopolítico pós-Guerra Fria acarreta uma nova ordem nos estudos literários que, influenciada pelas correntes pós-estruturalistas, torna insustentável a oposição entre alta e baixa cultura e substitui a reivindicação modernista de diversidade cultural, de fundo nacional-populista, pela postulação pós-modernista de diferença cultural, de extração pós-colonial ou global Raúl Antelo No decorrer do … Continue lendo “Ensaio – Guerra cultural”
Ensaio – Do singular ao plural
Sérgio Medeiros A denominação “estudos culturais” não se refere a um método específico, ou a uma “teoria” já pronta. Ao contrário, os “estudos culturais” parecem decretar justamente o fim do método canônico, o fim da perspectiva única na leitura e análise do “artefato” literário, para nos limitarmos ao âmbito da literatura comparada. Ora, essa perspectiva … Continue lendo “Ensaio – Do singular ao plural”
O mal de um professor de filosofia
Doutor Fausto, de Thomas Mann, retrata a ciência concreta de uma revolução conservadora, mas o leitor não se torna refém do demoníaco
O filósofo e o detetive
Wittgenstein procurou criar uma linguagem científica perfeita, mas sua investigação obsessiva de um filosofia transparente, que eliminasse qualquer tipo de paradoxo, assumiu ironicamente as cores dos enredos policiais, como nos romances de Philip Kerr e Jerome Charyn ou no ensaio do filósofo João da Penha que publicamos em seguida João da Penha Falemos apenas disto, … Continue lendo “O filósofo e o detetive”
O mediador e a solidão
O filósofo Franklin Leopoldo e Silva mostra o significado que a Encarnação e o “escândalo” do Deus crucificado assumem na antropologia e na teologia do pensador francês Blaise Pascal Franklin Leopoldo e Silva Não há maior abandono do que estar exilado de sua própria essência. Que seja por um momento, viver esta situação é passar … Continue lendo “O mediador e a solidão”
As distopias de George Orwell
A obra do escritor inglês se insere na tradição da ficção científica distópica, representada por H.G. Wells, Ievguêni Zamiátin e Aldous Huxley, e dos “contos cautelares” que alertam para tendências políticas e sociais que podem se tornar catastróficas no futuro Vivemos num mundo estranho. Mundo em que o editor da importante Harper’s Magazine aparece na … Continue lendo “As distopias de George Orwell”
Crítica da razão ortodoxa
Clássico da ficção política, 1984 é um livro cujas idéias sobre as relações entre linguagem e poder continuam válidas para um mundo em que fanáticos religiosos, militantes de partidos políticos ou mesmo correntes filosóficas e acadêmicas manipulam o pensamento segundo a cartilha da “novilíngua” imaginada por Orwell O erro mais comum em relação ao romance … Continue lendo “Crítica da razão ortodoxa”
O poeta bissexto
Antes de se dedicar ao gênero memorialístico, Pedro Nava manteve um convívio com os poetas modernistas que resultou numa produção esporádica, porém vigorosa, cujo melhor momento é o poema “O defunto”, que prenuncia as atitudes do autor em relação à morte. Às vésperas do centenário do nascimento de Pedro Nava, as suas Memórias vêm … Continue lendo “O poeta bissexto”
O adeus interminável
Desde Dante, Camões, Shakespeare e Milton até Joyce, Rilke, Borges e Genet, a literatura ocidental tem sido refém da teologia agostiniana e do desejo de transcender a condição humana Waldecy Tenório Por que ele se confessa, Agostinho, e se atormenta tanto e não nos deixa em paz? “Eis o meu coração, Senhor, eis o meu … Continue lendo “O adeus interminável”
O crítico e o poeta Baudelaire
Poeta-crítico da modernidade, as reflexões estéticas de Baudelaire abrangeram a música, a literatura e as artes plásticas A partir […] do primeiro concerto, fui possuído pelo desejo de penetrar mais a fundo na compreensão dessas obras singulares. […]. Minha volúpia tinha sido tão forte e tão horrível que eu não podia me abster de querer … Continue lendo “O crítico e o poeta Baudelaire”