Privado: A Sirius B

Privado: A Sirius B
O Silêncio escora-se no caos das casas. Dos homens se aproxima a rígida noite; Isolada a Estrela esqualiluzindo. O lamento das igrejas ecoa E o canto do melro estanca Detrás dos troncos. Sob o Breu, você atravessa O odor dos cactos embebido Em azul e bile, entre a paz Dos destroços – Você é calma Acuada e o Silêncio que treme; Você é o trovejar pontiagudo De mil brancos no abismo; Você é o vácuo rangendo A órbita de brilhantes; Você é a gafe encravada No século, a sombra, O soluço e o fulgir De coisas que, Esvaída a noite, Nem sequer existem. Marco Nepomuceno, 30 anos, é jardineiro e vive em São Gonçalo, Rio de Janeiro

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