A filosófa vai à guerra. Vestida de mulher
A filósofa Marcia Tiburi (Foto Daryan Dornelles)
A filósofa Marcia Tiburi nasceu em Vacaria, Rio Grande do Sul, em abril de 1970. Estabeleceu-se em São Paulo, viaja por todo o país dando palestras, escreve livros importantes, participa de debates públicos, dá aulas, cuida da família e corajosamente cria um novo partido político.
Em uma tarde quente de fevereiro, ela se reuniu com a escritora Leusa Araujo, com o professor Welington Andrade e com os jornalistas Helder Ferreira e Júlia Rabahie para uma conversa sobre feminismo, política e cultura.
A filósofa Carla Damião, da Holanda, participou por e-mail.
A divisão entre os conceitos de sexo biológico, orientação sexual e gênero (este último como construção cultural e social), com todos os mecanismos de poder que existem na sociedade, não é muito clara para o senso comum. Esta é uma questão que deveria estar mais presente na formação de professores e, portanto, na educação das crianças?
Marcia Deveria, mas o contexto no qual a educação se estabelece é o de desvalorização – a educação foi precarizada. Assim, temas culturalmente desvalorizados são ainda mais desvalorizados. É preciso pensar na educação sexual, que é uma pauta que entra dentro do currículo. Às vezes, um professsor de religião se ocupa desse assunto; às vezes, um professor de ciências, de biologia, de psicologia. São várias pessoas, de diferentes formações, que abordam a questão da educação com o objetivo de não deixar os estudantes desassistidos. Mas dificilmente a instituição escolar está verdadeiramente preocupada com o tópico da e
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