Tecnoparasitismo

Tecnoparasitismo
O artista suíço H. R. Giger trabalhando no design da criatura do filme “Alien, o oitavo passageiro”, de 1979 (Foto: Margaret Herrick Library/20th Century Fox)
  O filme Alien, o oitavo passageiro apareceu nos cinemas em 1979 dirigido por Ridley Scott. Como numa típica história de ficção científica, um protagonista representando o bem enfrenta um antagonista representando o mal. O embate se dá entre a Tenente Ripley (Sigourney Weaver) e o Alien, o alienígena monstruoso que invade a nave Nostromo, mata a população e se torna a alegoria da relação entre o ser humano e a alteridade tecnológica de uma época. Mais que isso, ele representa o estágio mais evoluído da inteligência artificial no instante de sua simbiose com o ser vivo. Alien é uma imagem de ficção científica, gênero literário e cinematográfico que problematiza a relação humana com a ciência, a vida e o futuro, mas também uma alegoria do presente que, indo além do humano e do ciborgue, da hibridação de natureza e cultura, do encontro entre corpo e técnica que todos somos, fala das profundezas de uma relação capaz de refazer o sentido da ontologia humana, mas não apenas humana, pois desde que nos assumimos como ciborgues, somos um derivado da invenção humana cujo estatuto ontológico ainda exige reflexão. Alien, termo latino que designa o “outro”, se tornou personagem de uma série de filmes de sucesso no cinema e, como um astro famoso, passou a ter fãs, enquanto era pesquisado por especialistas e curiosos acerca de sua estrutura e origem tecnobiológica. Nele, o limiar entre orgânico e inorgânico entra em cena trazendo o tema da relação entre corpos vivos, máquinas e aparelhos na era das próteses orgânicas criad

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