Franco e Franca Paulo Amarante

Ao inverterem o princípio do saber psiquiátrico, Franco e Franca Basaglia desenvolvem o dispositivo epistemológico, ético e político de pôr a doença entre parênteses – o que possibilitaria ocupar-se dos sujeitos concretos em suas experiências de sofrimento, limites, projetos, desejos, faltas e incompletudes

Medicalização e sociedade contemporânea Marcelo Kimati

A medicalização desloca a preocupação do processo para a pessoa, suas supostas inadequações ou fragilidades individuais

Comunidades terapêuticas e seus artifícios Leonardo Pinho

Mas a que serve o “acolhimento” das comunidades terapêuticas? Nada mais é que um dispositivo que opera processos de higienização social e de aporofobia

dossiê | Elena Ferrante: autora ou personagem? Fabiane Secches

Ferrante defende que não escolheu o anonimato, mas sim o que chama de ausência, um espaço repleto de possibilidades que afetam a escrita de um modo que ela gostaria de continuar a explorar

Crônicas do mal de amor ou trilogia do abandono — a gênese de Elena Ferrante Francesca Cricelli

Ao contrário de suas contrapartes imortalizadas nos clássicos, as protagonistas de Ferrante conseguem encontrar uma voz autêntica e continuam sua jornada carregando seus abismos dentro de si mesmas

“A amiga genial”: a obra-prima de Elena Ferrante Cauana Mestre

A obra de Elena Ferrante é um trabalho de escavação sobre o valor da escrita na tecelagem da existência feminina. Suas personagens escrevem ou narram a partir da perda, da devastação, do desamparo

A cidade, a religião e a escrita em “A vida mentirosa dos adultos” Isabela Discacciati

Invadida por uma “dor embaralhada”, a protagonista é atraída para um labirinto e, sozinha, deve escolher: deixar-se guiar por quem pensava ser ou agarrar os fios de uma nova trama por caminhos inexplorados dentro da cidade e de si mesma

As margens de Ferrante Natalia Timerman

O desafio para as mulheres, diz Ferrante, é “usar com liberdade a jaula na qual estamos presas”, é “habitar as formas e depois deformar tudo o que não nos contém por inteiro, que não pode de modo algum nos conter”

Sobre ser uma pessoa-plural, a única possibilidade Maria Carolina Casati

O que Elena Ferrante faz é belo e engenhoso. Ela convida outras mulheres à escrita, ela exalta e convoca o trabalho coletivo, a revisão e a reconstrução do cânone

dossiê | Apresentação Redação

Epidemia trans? Um debate sobre infância, gênero e normatividade

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