A gestão dos ilegalismos como fundamento dos sistemas punitivos Eduardo Neves Lima Filho

A construção da delinquência corresponde à criação de um meio delinquente no interior das massas populares, estigmatizando um núcleo de pessoas que seriam os titulares exclusivos dos comportamentos ilegais

Como nos tornamos uma sociedade punitiva? Alexandre Filordi de Carvalho e Carlos Eduardo Ribeiro

Foucault queria resolver o enigma de uma sociedade que se tornaria punitiva ao ter escolhido o encarceramento como modo, quase exclusivo, de punir: o criminoso é a resposta ao enigma; ele é a constante antropológica forjada

O pesadelo da normalidade Redação

Coordenado pelo psiquiatra Paulo Amarante, um dos pioneiros da reforma psiquiátrica brasileira, este dossiê recupera o arcabouço histórico e os desafios atuais dessa luta ainda inacabada

dossiê O pesadelo da normalidade | Introdução Paulo Amarante

Atacada, desfinanciada e desrespeitada por gestores que representavam os interesses mercantis e conservadores, a reforma psiquiátrica é hoje reavaliada – não apenas nas estratégias de reparação, mas também de avanço

A arte que nos habita e transmuta Isabel Cristina Lopes

Quando a arte adentra os cárceres, os hospícios, os internatos, é emparedada pela ausência de obra. O que pode a arte nesses territórios de segregação, de silenciamento e de dor? “DesObramento”

Nise da Silveira e a instalação do humano Walter Melo

Em meio à indiferenciação de corpos andando a esmo, começaram a surgir pessoas com nome e sobrenome, pessoas com lembranças, saudades, sofrimentos, ambições e desejos

Franco e Franca Paulo Amarante

Ao inverterem o princípio do saber psiquiátrico, Franco e Franca Basaglia desenvolvem o dispositivo epistemológico, ético e político de pôr a doença entre parênteses – o que possibilitaria ocupar-se dos sujeitos concretos em suas experiências de sofrimento, limites, projetos, desejos, faltas e incompletudes

Medicalização e sociedade contemporânea Marcelo Kimati

A medicalização desloca a preocupação do processo para a pessoa, suas supostas inadequações ou fragilidades individuais

Comunidades terapêuticas e seus artifícios Leonardo Pinho

Mas a que serve o “acolhimento” das comunidades terapêuticas? Nada mais é que um dispositivo que opera processos de higienização social e de aporofobia

dossiê | Elena Ferrante: autora ou personagem? Fabiane Secches

Ferrante defende que não escolheu o anonimato, mas sim o que chama de ausência, um espaço repleto de possibilidades que afetam a escrita de um modo que ela gostaria de continuar a explorar

Novembro

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