Sobre um editor de livro, amante do teatro

Sobre um editor de livro, amante do teatro
O editor, ensaísta e tradutor Jacó Guinsburg, morto em São Paulo, no último dia 21 de outubro, aos 97 anos (Foto: Divulgação)
  Uma coluna como esta, que se dedica a acompanhar alguns dos lançamentos editorais mais relevantes do mercado de livros brasileiro, não poderia deixar de homenagear o editor, ensaísta e tradutor Jacó Guinsburg, morto em São Paulo, no último dia 21 de outubro, aos 97 anos. Nascido na Bessarábia, Jacó chegou ao Brasil, aos três anos de idade, na companhia de sua família, e aqui desenvolveu sua longa carreira intelectual, vindo a integrar o notável grupo de homens de cultura estrangeiros que migraram para o país na primeira metade do século 20 fugindo das condições adversas vividas em seus próprios locais de origem, como Anatol Rosenfeld e Boris Schnaiderman, por exemplo. Depois de uma breve experiência na editora Rampa, que criou em 1947, ele ingressou em 1954 na Difusão Europeia do Livro, onde exerceu o ofício de tradutor e editou autores como Sérgio Buarque de Holanda e Antonio Candido. Em 1965, criou a Perspectiva, pela qual, além de livros de literatura, filosofia, linguística e ciências humanas, lançou títulos de teatro e cultura judaica – as grandes especialidades da casa. Qualquer aluno que estude o teatro, seja pelo viés específico das artes cênicas, seja pela ótica das letras, costuma se sentir plenamente atendido em suas demandas intelectuais ao se valer do robusto catálogo de títulos voltados à área, editados heroicamente, diga-se de passagem, pela Perspectiva. Basta olhar as bibliografias listadas em dissertações e teses e aquelas também que servem aos cursos universitários para verificar a extensa indicação de

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