Para inglês ler

Para inglês ler
  Nestes últimos anos, as obras de Sigmund Freud passaram, em vários países, ao domínio público, resultando no lançamento de novas traduções. Nos países de língua inglesa e na maior parte dos países de línguas neolatinas, estabeleceu-se, entre as décadas de 1960 e 1990, um compromisso com edições da obra completa, muitas vezes sem que existissem coleções ou traduções alternativas a uma edição de referência. Com o fim do controle sobre os direitos de publicação formou-se um quadro inédito para editores, tradutores e leitores: ao tornar possível novas formas de intervenção sobre a obra, a liberdade para editar e traduzir os textos abre caminho para novas formas de recepção e contato com ela. As inovações editoriais partiram, mais uma vez, da língua inglesa. A Oxford University Press publicou em 1999 uma nova versão de A interpretação dos sonhos, traduzida por Joyce Crick e vencedora do prêmio Schlegel-Tieck. Em 2001, a editora Penguin lançou os primeiros títulos da New Penguin Freud, sob a direção do psicanalista Adam Phillips. A coleção conta com dezesseis títulos e reuniu diversos tradutores que dispuseram de autonomia plena para conduzir seus trabalhos, sem que houvesse um consenso prévio ou uma uniformização de termos-chave. Phillips desejava trazer para estas novas versões a diversidade da experiência dos tradutores, cujo convívio com outros autores de língua alemã não deveria ser visto como um impedimento para a compreensão da psicanálise, e sim como a via para que o texto original fosse incorporado a novas

Assine a Revista Cult e
tenha acesso a conteúdos exclusivos
Assinar »

TV Cult