“Eu sou uma garota indie”, diz a diretora Orla O’Loughlin

“Eu sou uma garota indie”, diz a diretora Orla O’Loughlin
A diretora britânica Orla O’Loughlin: 'Uma vez que se tornou uma peça, a questão era a forma como encená-la' (Foto: Divulgação)

 

Depois de uma bem-sucedida temporada no Edinburgh Festival Fringe, a peça “What Girls Are Made Of”, escrita e protagonizada pela atriz Cora Bisset, chega ao Brasil como uma das atrações do 23º Cultura Inglesa Festival. A trama autobiográfica acompanha a protagonista – também chamada Cora – durante a transição da adolescência para a vida adulta. Ela é vocalista de um grupo de rock nos anos 1990 e sai em turnês com bandas como Radiohead, enquanto amadurece e se descobre como mulher.

A diretora do espetáculo, Orla O’Loughlin, 46, descreve “What Girls Are Made Of” como esperançosa, celebratória e agridoce. Orla é uma diretora consagrada, conhecida por seu estilo eclético. Foi diretora artística do Teatro Pentabus e, até 2018, do Teatro Traverse. Além disso, também foi reconhecida como uma das mais influentes líderes culturais no Reino Unido pelo The Observer. Ela comanda o espetáculo que se apresenta pela primeira vez no Brasil nos dias 24, 25 e 26 de maio no Teatro FAAP. Confira entrevista exclusiva da diretora à CULT.

O que te motivou a querer dirigir essa peça?

Foi o impacto emocional da história que ela conta e também minha afinidade com a personagem, sua jornada e a época em que se passa. Ela tem um tema acessível; fala sobre crescimento, família, perda. É real.

Qual foi o maior desafio ao criar a história?

O maior desafio era como encená-la. O roteiro original era um monólogo e o processo de desenvolvimento a transformou em uma peça. Uma vez que se tornou uma peça, a questão era a forma como encená-la. Eu me desafiei a confiar que a simplicidade do show seria suficiente para dar conta da narrativa.  

Você se divertiu revivendo os anos 1990? Como foi recriar o clima dessa década?

Com certeza! Eu tenho a mesma idade que a Cora e sou uma garota indie. É uma experiência tão bonita reviver aqueles dias sob uma perspectiva feminina, já que a narrativa daquela época era predominantemente dominada por homens.

Como você acha que o público pode ser relacionar com essa história?

É universal. Se você cresceu, já sofreu algum contratempo, tem uma família ou teve um sonho, tem alguma coisa pra você na peça.

Quais mensagens que a peça transmite às mulheres, em geral?

Nunca desista. Os tempos difíceis podem fazê-la mais forte. Lembre-se nos ombros de quem você se apoiou.

23º Cultura Inglesa Festival
Quando? De 24 de maio a 16 de junho de 2019
Quanto? Entrada Gratuita
Programação e informações no site:  https://cultural.culturainglesasp.com.br/

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