As novas frentes de luta e resistência da comunidade LGBT
Em 2011, o STF decidiu pelo reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo (Arte: Andreia Freire)
Caminhos e descaminhos do casamento homoafetivo
Na pauta LGBT do século 21, muita luta ocorreu no Brasil, e os avanços não se deveram ao Congresso Nacional, teoricamente responsável por aprovar leis favoráveis à democracia. Na verdade, pouca coisa evoluiu desde quando a então deputada federal Marta Suplicy apresentou o projeto da chamada Parceria Civil Registrada, em 1995. Passando de “união civil” a “parceria civil registrada” e “pacto civil de solidariedade”, as mudanças dos sucessivos projetos foram desfigurando a ideia original. Ainda assim, a pauta continuou firmemente barrada pelas bancadas fundamentalistas. Depois de duas décadas, o osso ao qual os conservadores se agarravam como seu grande trunfo foi se mostrando desgastado. Além de se verem confrontados por novas questões polêmicas na pauta LGBT, aqueles parlamentares, que se julgam detentores do poder divino para abençoar ou amaldiçoar as pessoas, se viram atropelados pelo Poder Judiciário.
Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pelo reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Em 2013, foi a vez de o Conselho Nacional de Justiça aprovar resolução que permitia a todos os cartórios celebrarem o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em 2017, o STF decidiu ainda mais: equiparou a união estável e o casamento civil quanto aos direitos de herança.
A comunidade LGBT saudou as vitórias e investiu pesado, seja na união estável, seja no casamento civil. No mesmo ano da sua aprovação, ocorreram 1.252 contratos de união estável no paí
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