Parlamentares trans e travestis se organizam em frente nacional

Parlamentares trans e travestis se organizam em frente nacional
A vereadora Benny Briolly (PSOL-RJ), integrante da Frente Nacional Transpolítica (Foto: Divulgação)

 

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) lançou nesta segunda (28), no Dia do Orgulho LGBTI+, a Frente Nacional Transpolítica.

A iniciativa pretende unir parlamentares trans e travestis a movimentos sociais para organizar as atuações legislativas em prol da comunidade LGBTI+, além de combater a violência política.

Entre as ações do grupo está a construção coletiva de programas e projetos de lei e a qualificação de pessoas trans e travestis para que ocupem espaços na política institucional.

“Após a eleição de diversas de nós por todo o país, ter um grupo como esse é fundamental. Precisamos estar juntas, munidas de informação, estratégia e articulação política”, disse a vereadora Filipa Brunelli (PT-Araraquara) no vídeo de lançamento da frente.

Nas eleições de 2020 o número de pessoas trans e travestis eleitas para as câmaras municipais quase quadruplicou, segundo levantamente da Antra. Das 30 vereadoras eleitas, sete foram as mais votadas em suas cidades.

Mas o aumento da representação foi acompanhado pelo aumento da violência institucional contra essas parlamentares. Ameaças de morte, por exemplo, fizeram a vereadora mais votada em Niterói, Benny Briolly (PSOL-RJ), sair temporariamente do país.

Em janeiro, um tiro foi disparado em frente à casa da co-vereadora Samara Sosthenes, integrante da chapa coletiva Quilombo Periférico (PSOL-SP), e dois artefatos explosivos apontados contra a casa de Carol Iara, co-vereadora da Bancada Feminista (PSOL-SP).

Também foram registrados ataques contra Erika Hilton (PSOL-SP), Linda Brasil (PSOL-SE) e Duda Salabert (PDT-MG).

“Essa frente é também para nos posicionar contra os ataques que estamos sofrendo. Todas as parlamentares eleitas no Brasil estão sofrendo algum tipo de ataque transfóbico por conta desse moralismo, desse bolsonarismo e desse conservadorismo”, afirma Sosthenes no vídeo institucional do grupo.

Leia aqui a íntegra do manifesto do grupo.


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