Notícias do front

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(Foto Alexandro Auler)
  Desde que as soldadas da Unidade de Defesa das Mulheres (YPJ) se tornaram símbolo da resistência curda contra os ataques do Estado Islâmico no norte da Síria, as imagens dessas mulheres rodaram o mundo a passos lentos. Quase sempre, elas aparecem carregando suas AKs-47 em trajes militares e semblantes fechados. São combatentes no front lutando contra os jihadistas, retratadas como espécies de “guerreiras amazônicas”, segundo a ativista inglesa Florence Bateson, que esteve em campo junto das integrantes da YPJ no ano passado. A experiência resultou em um trabalho acadêmico para a Universidade de Utrecht, na Holanda. “Raramente ou quase nunca suas ideias feministas e seus papéis sociais são reportados, já que a guerra contra o Estado Islâmico é sempre o ponto principal quando se fala delas, sugerindo que antes dos ataques do EI as guerrilheiras curdas não existiam”, diz Bateson Para ela, a imprensa falha ao representar a ação dessas mulheres, que não se encerra no front. “Elas também estudam literatura feminista e estão desenvolvendo seu próprio conhecimento.” Em entrevista à CULT, ela fala sobre a experiência em Rojava, ao norte da Síria. O que mais a impressionou durante sua permanência em Rojava? Florence Bateson Eu estive em Rojava pesquisando sobre o YPJ e passei muito tempo entrevistando e conversando com essas mulheres. O que mais me impressionou foi o forte laço que elas mantêm umas com as outras, o quão destemidas e corajosas elas são, e o quão determinadas estão em lutar, não apenas por seus próprios direito

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