Mapa da mina: em busca da pornografia para mulheres

Edição do mês
Mapa da mina: em busca da pornografia para mulheres
(reprodução)
  Existe uma pornografia para mulheres? O que é uma pornografia para mulheres? Quem são essas mulheres? Sim, cada vez mais o mercado de produções de entretenimento audiovisual adulto organiza e agrupa nichos de consumidoras interessadas em vídeos de sexo explícito. Contudo, ao buscarmos respostas a essas perguntas, descobriremos que as ideias em torno da expressão “pornografia para mulheres” funcionam mais como um discurso sobre consumo do que exatamente como uma categoria que classifica e indica conteúdo. Nos últimos três anos, mergulhei em algumas das discussões sobre pornografia, feminismos, gênero e sexualidade para pesquisar as mudanças no mercado de consumo de entretenimento adulto no Brasil. Nesse período, pesquisei uma plataforma que passou a utilizar expressões como “diversidade”, “inclusão”, “acessibilidade” e “olhar feminino” para apresentar seus conteúdos. Entre esses termos, o “olhar feminino” foi o fio condutor da investigação, e, com ele, encontrei algumas possíveis respostas para as perguntas que abrem este texto. Neste artigo, quero apresentar alguns dos dados que coletei durante esse processo. Para tanto, vamos à primeira pergunta: existe uma pornografia para mulheres? A minha busca por essa resposta partiu do campo complexo no qual os feminismos encontram a pornografia. Falaremos um pouco mais sobre essa relação definida por tensões na primeira parte deste texto. Em seguida, para pensar uma resposta à segunda pergunta – o que é uma pornografia para mulheres? –, convido a pensar sobre o

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