Graciliano Real

Graciliano Real

Acreditando que as biografias publicadas sobre seu pai não davam conta do homem que existia por trás da importante obra, Ricardo Ramos, filho do escritos Graciliano, lançou-se ele mesmo à tarefa.

Publicada pela primeira vez em 1992, em comemoração ao centenário de nascimento de Graciliano Ramos, a nova edição foi atualizada com manuscritos e fotos inéditos. Conta ainda com o prefácio do escritor Silviano Santiago e apresentações dos netos de Graciliano, Rogério Ramos e Ricardo Filho.

Graciliano: Retrato Fragmentado
Ricardo Ramos
Globo
272 págs.
R$ 39,90

(1) Comentário

  1. Graciliano Ramos foi o nosso escritor mais metafísico, o que mais mergulhou na alma humana. Talvez só Machado de Assis possa ser considerado melhor do que ele. Mas é difícil dizer isto, porque uns preferem o Flu, e outros o Fla. Memórias do Cárcere nos lembra Memórias do Subsolo do escritor russo Dostoiéviski. Acho muito parecidos os escritores, claro que ele teve influência do escritor russo. Isto é inegável. Mas os contos machadianos são incomparáveis na literatura brasileira, não existe escritor que tenha escrito contos extraordinariamente primorosos como Machado de Assis, que gago, epilético, mulato se tornou o mais destacado escritor brasileiro, o mais genial por ter nascido de família humilde, por isto que acredito no Brasil. Nosso maior escritor nasceu no Morro do Livramento e era um autoditata, já Graciliano Ramos, um alagoano que foi Prefeito e só publicou seu primeiro livro bem mais tarde, porque ele tinha muita auto-crítica. A única crítica que se faz a Machado é de que ele não se engajou na luta abolicionista como Castro Alves, José do Patrocínio, e tantos outros, mas isto é outra história. Já Graciliano Ramos foi um escritor que militou no PCB, mas devemos sempre separar o lado ideológico do escritor e sua obra. Mas gosto muito da frase do escritor Ernesto Sábato, argentino: ” O escritor não pode ficar alheio aos dramas da humanidade”. Esta biografia que ainda não li deve ser muito boa, já que foi escrito pelo seu filho Ricardo Ramos. Como professor de Literatura vou ler com afinco. E espero que 2012 esta excelente Revista Cult faça uma homenagem aos 100 anos de nascimento de nosso maior dramaturgo, Nelson Rodrigues.

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