Geledés tem arquivo incorporado ao acervo da Unicamp
Acervo Geledés na Unicamp poderá ser consultado a partir de 2022 (Foto: Reprodução/Youtube)
Textos, cartazes, boletins, documentação de eventos e banners estão entre os itens do acervo do Geledés Instituto da Mulher Negra incorporado ao Arquivo Edgard Leuenroth (AEL) do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp.
No último dia 26 de junho, a universidade recebeu um conjunto de documentos que conta a história da articulação política das mulheres negras e dos movimentos negros no país nos últimos 33 anos.
Há, por exemplo, edições da revista “Podecrê” – pioneira na cobertura do início do movimento hip hop em São Paulo -, e a memória de campanhas de conscientização sobre HIV/aids e anemia falciforme nos anos 1990.
Destacam-se temas ligados à saúde da mulher negra, direitos reprodutivos, machismo, violência doméstica, educação, cidadania e direitos humanos, além de articulações com outros movimentos de mulheres e antirracistas.
A iniciativa é parte de um projeto mais amplo de preservação da memória negra em parceria com o Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Social do Cebrap (Afro CEBRAP).
Desde 2019 o grupo trabalha para organizar, catalogar, digitalizar e preservar acervos de ativistas e organizações do movimento negro brasileiro. A previsão é de que o acervo do Geledés na Unicamp possa ser consultado já a partir de 2022.
Fundado em 1988, em São Paulo, o Geledés é uma organização da sociedade civil que atua em defesa de mulheres e negros por meio de projetos próprios ou em parceria com outras organizações de defesa dos direitos de cidadania. Tem, entre suas fundadoras, a filósofa, escritora e ativista Sueli Carneiro.