Fátima Bezerra: Querem colocar uma mordaça na boca dos professores
A governadora eleita do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT) (Foto: Everton Dantas/Divulgação)
Desde o fim de outubro, o nome da senadora Fátima Bezerra (PT) ganhou dois predicados: única mulher eleita para um governo estadual nas eleições de 2018 e governadora mais votada da história do Rio Grande do Norte. A paraibana de 63 anos, nascida no município de Nova Palmeira, filha de uma parteira e de um pequeno agricultor, recebeu mais de 1,2 milhão de votos, tornando-se também a primeira a se eleger ao governo daquele estado tendo ultrapassado os seis dígitos no resultado das urnas.
Pedagoga formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Bezerra tem um longo histórico de atuação no campo da educação: deu aulas nas redes estadual e municipal de Natal nos anos 1980; foi duas vezes presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte e uma das fundadoras do Fórum Estadual dos Servidores Públicos, além de ter participado do congresso de construção da UNE, em Salvador, em 1979.
Com dois mandatos como deputada estadual (1994 e 1998), três como deputada federal (2002, 2006 e 2010) e um como senadora (2015), assume, em 1º de janeiro de 2019, o governo de um Estado considerado pioneiro na participação das mulheres na política: vieram de lá o primeiro voto feminino, em 1927, com a professora Celina Guimarães Vianna; a primeira prefeita da América Latina, Alzira Soriano, em 1929, e o maior número de governadoras na história da redemocratização – Bezerra é a terceira, precedida por Wilma de Faria (PSB) e Rosalba Ciarlini (DEM). Mas é também o estado com o maior número de mortes de mulhe
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