Privado: Educação/Transformação: Tristeza e Alegria

Privado: Educação/Transformação: Tristeza e Alegria
Essa semana participo de vários encontros sobre educação. O texto abaixo foi escrito (embora eu tenha mudado algum detalhe) a pedido do Renato Gomes do SESC de Caiobá no Paraná. Onde estarei na sexta pela manhã no Terceiro Forum Social de Educação. Partilho o texto a quem possa interessar. Marcia Tiburi Participamos atualmente de um momento de muita tristeza e ressentimento no campo da educação. O cenário político é o da inibição, do medo e da impotência. Precisamos pensar nisso, buscar entender o que isso tem significado em nossas vidas enquanto somos professores, educadores, estudantes ou gestores em educação. Toda ética possível em educação depende de nossa capacidade de estarmos presentes como cidadãos nesse momento em que a violência física e simbólica vividas atingem de algum modo a todos nós dedicados à profissão de ensinar. A tristeza é o que o poder tem provocado nos cidadãos. Sabemos que a tristeza é um afeto negativo. Aquele afeto que, segundo Spinoza, filósofo holandês do século 17, produz apatia e inibe a vontade de ser que é própria a todo o ser que vive. Spinoza sabia que os governos e os sacerdotes precisavam da tristeza de seus “súditos”. Hoje, podemos dizer que conhecemos a tristeza quando temos um mau encontro com as pessoas e as coisas com as quais nos deparamos na vida. Reconhecemos o mau encontro quando, em dada circunstância, temos vontade de fugir. Vontade de parar, de abandonar o barco… Quando algo nos acontece e queremos nos esconder debaixo do tapete… Podemos dizer que o ressentiment

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