Dossiê | A educação diante da catástrofe

Dossiê | A educação diante da catástrofe
(Foto: Reprodução)
  O presente dossiê pretende colocar a educação brasileira na borda de um precipício, não para convidá-la a espatifar-se contra o abismo – como querem atualmente todos aqueles que, por estultícia ou má-fé, lidam com ela com absoluta falta de compreensão – e, sim, para vê-la disposta a criar asas e voar – como desejam mulheres e homens vocacionados para o verdadeiro exercício da vida pública. Daí o caráter ambivalente que vem recobrindo a questão educacional no país já há muito tempo, agravado recentemente por um contexto sociocultural em que a ignorância, o anti-intelectualismo e o retrocesso transformaram-se em valores políticos ativos, que têm interferido nas mais variadas esferas institucionais e feito grandes estragos nelas. De um lado, a situação é caótica – fruto do descaso das autoridades brasileiras no trato de assunto que subsidiou as grandes transformações civilizatórias por que já passaram inúmeras nações mundo afora –, de outro, há todo um mundo novo, promissor, por ser construído. Se concordarmos com Chesterton, para quem a educação é “simplesmente a alma de uma sociedade a passar de uma geração para outra”, haveremos todos nós brasileiros de nos sentirmos como o alferes Jacobina do conto de Machado de Assis, cuja alma refletida no espelho era “uma figura vaga, esfumada, difusa, sombra de sombra”. Mas temos todas as condições de mudar esse quadro, como apontam os textos a seguir. O que falte talvez seja somente vontade política. A socióloga Sonia M.P. Kruppa traça um amplo painel da escola

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