Arte a serviço da Revolução

Arte a serviço da Revolução
Nikolai Valerianov, "Trabalhadoras e camponesas, todas às eleições", de 1925 (Reprodução)   Os cartazes foram tão importantes para a divulgação das mensagens do regime recém-instalado que ficaram conhecidos como a "pintura proletária"   Quando os primeiros sinais da Revolução Russa eclodem em fevereiro de 1917, uma outra revolução, artística, já tinha sido colocada em marcha no país. Durante a década de 1910 os russos foram responsáveis por criar dois dos movimentos mais radicais e marcantes da história da arte moderna: o Suprematismo e o Construtivismo. O primeiro, concebido por Kazimír Malêvitch (1878-1935), buscava libertar a arte do peso da representação tradicional por meio de composições restritas a formas geométricas puras. Data de 1915 o quadro considerado um dos marcos zeros da pintura moderna de vanguarda, o “Quadrado negro”. Malêvitch queria estabelecer uma outra relação com a natureza, criando uma linguagem universal para um novo homem, livre dos antigos hábitos da percepção. A princípio, ele negava que a arte devesse se inserir na práxis política ou responder a objetivos sociais, mas logo após a Revolução de Outubro adere entusiasmado ao novo regime e se torna diretor da escola de arte de Vítebsk. Enquanto dura o apoio do Estado à arte de vanguarda experimental, os suprematistas terão uma função importante para a divulgação da arte soviética como essencialmente não figurativa. No caso do Construtivismo, desde sua invenção em 1915, defende-se que a radicalidade estética deve ser acompan

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