Dossiê | Clarice Lispector hoje
Clarice Lispector foi uma escritora nascida na Ucrânia em 1920 e morta no Rio de Janeiro, em 1977 (Arte: Revista Cult)
Clarice Lispector, no Brasil e no mundo, tem uma longa história.
A escritora, que completaria 100 anos em 10 de dezembro de 2020, durante os seus quase 57 anos de vida – pois faleceu no dia anterior ao de seu aniversário –, dedicou 37 anos à literatura, tendo começado cedo a escrever.
Além de textos escritos na infância, que se perderam, com 19 anos publicou seu primeiro conto, “Triunfo”, na revista Pan, no Rio de Janeiro, em 25 de maio de 1940. E dois anos depois confessou a sua irmã, Tania Kaufmann, que escrever era a coisa que mais desejava no mundo.
Manteve-se fiel a esse princípio de ação, por opção pessoal, a ponto de nos legar obra farta e substanciosa, com poder raro de criatividade, desde seu romance inaugural, Perto do coração selvagem (1943), até o último, postumamente publicado, Um sopro de vida (1978), passando aí por outros sete romances, além de nove volumes de contos e crônicas. Há que se acrescentar ainda outros livros reunidos postumamente. E cerca de 450 matérias entre colunas e páginas femininas em três jornais cariocas.
Mas não só. Escreveu quatro livros de literatura infantil, outros com entrevistas publicadas na imprensa – como entrevistadora de personalidades do seu tempo – e cartas, muitas cartas às irmãs e a outros familiares, a amigos, jornalistas, intelectuais, editores, tradutores, leitores.
E não é que também escreveu uma peça de teatro? E um livro com lendas brasileiras. E artigos, enquanto aluna da Faculdade de Direito, além de mais um, já anos depois, sobre tradução. E e
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