DISTOPIA – A PEDRA PRECIOSA DE RICARDO VILLA
As esculturas abaixo tem a forma de diamantes. São feitas de resíduos de demolições: cimento, areia, pedrisco. A combinação é fortíssima: a forma da pedra preciosa e lapidada e a matéria residual e bruta reunidas no mesmo tempo-espaço da coisa chamada obra.
Ricardo Villa é o artista, o autor da ideia. A obra se chama DISTOPIA. Para quem não sabe, DISTOPIA é o contrário de utopia. Utopia é uma palavra que soa inadequada em nossos dias, quando a esperança se mostra como um afeto enfraquecido diante da anestesia capitalista. Quem ainda consegue pensar em um mundo diferente na ditadura do consumismo, do trabalho explorado e da nova escravidão que ninguém quer ver?
Ricardo Villa responde com sua DISTOPIA, provocando-nos a pensar no que fazer. Com DISTOPIA, Ricardo nos faz pensar no outro lado das coisas. Em alternativas. Nas potências da nossa força como povo.
Para ele, as pedras preciosas da DISTOPIA são ferramentas. Podem ser usadas para alguma coisa, com algum sentido, em algum momento especial. Que momento pode ser esse?
Em época de eleição, uma pedra é sempre preciosa.
Sejamos criativos.